Taxa de mortalidade entre crianças até 5 anos, a cada mil nascimentos, tem a desidratação como causa em 25% dos casos
Segundo “Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada”, a taxa de mortalidade infantil entre crianças até 5 anos de idade, a cada mil nascimentos, tem a desidratação como causa em 25% dos casos.
De acordo com a enfermeira Vera Lúcia Tonete, o problema não atinge apenas as crianças, mas também adultos e pessoas da terceira idade. “Para evitar a desidratação, o que se deve fazer é repor justamente as perdas, tanto de água, quanto de eletrólitos de sais minerais que normalmente as pessoas têm. Em dias mais quentes essa perda é mais elevada, assim como em outras situações, e por isso é preciso repor na proporção em que foi perdido. Então são várias as medidas necessárias para que temos de lançar mão para que não ocorra a desidratação”, destaca.
Vera Lúcia ressalta que o ideal é que uma pessoa ingira pelo menos entre 1,5 e 2 litros de água por dia. “Sempre em pequenas quantidades e com maior frequência ao longo do dia, antecipando a sensação de sede. Também é indicado tomar mais cuidado em algumas situações do dia a dia, como quando estiver realizando alguma atividade física mais intensa, ou quando estiver em ambientes muito quentes. É preciso haver uma grande preocupação nas escolas e nas creches com relação à ingestão de água pelas crianças. Outra população que também sofre muito com a desidratação é a do idoso. Os idosos também têm perdas hídricas e de sais minerais nos dias mais quentes”, alerta a especialista.
A enfermeira ressalta que algumas pessoas são mais suscetíveis a ter desidratação e destaca o que fazer para combater o problema. “Especialmente as crianças e os idosos, mas também são suscetíveis à desidratação adolescentes, mulheres grávidas ou que estão amamentando e as pessoas que praticam esportes, justamente porque apresentam necessidades hídricas especiais, diferentemente de pessoas em outras situações ou faixas etárias”, descreve a especialista.
Quanto ao tratamento da desidratação, a enfermeira Vera Lúcia informa que é simples, sendo que na maior parte dos casos basta a ingestão do soro reidratação oral. “O SRO é distribuído em todas as unidades básicas de saúde, que também pode ser adquirido em farmácias. Na verdade, quando é percebido um processo de desidratação logo no começo é bem simples, bastando a reposição hídrica e de sais minerais através do soro, mas há casos em que outras medidas são exigidas. Quando a desidratação é moderada ou grave há necessidade de internação hospitalar para reposição endovenosa”, completa a especialista.