A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está com nova estratégia de combate à dengue, que é a utilização de água sanitária para acabar com os focos da doença. Segundo a secretaria, está cientificamente comprovado que o produto é eficaz no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti. Diante da necessidade de buscar medidas alternativas para evitar a doença em todo o Estado, especialmente em Uberaba, que enfrenta um surto da doença, a população já pode investir neste recurso.
Segundo a diretora de Vigilância Ambiental da SES, Marcela Lencine, o hipoclorito de sódio, popularmente conhecido como água sanitária, é barato e de fácil uso, mas a população deve estar ciente de que isso é apenas uma alternativa. “O primordial na prevenção à dengue continua sendo a eliminação dos potenciais focos do vetor. A água sanitária deve ser empregada em potenciais criadouros, ajudando a evitar a proliferação do mosquito da dengue”, destaca.
Técnico sanitarista da Superintendência Regional da Saúde (SRS) em Uberaba, Paulo César de Souza explica que existe um intervalo importante entre uma visita e outra dos agentes da Zoonoses, sendo que nesse período, que geralmente dura dois meses, a população pode usar a água sanitária como alternativa. “Há vários métodos alternativos, como a água sanitária, água e sal, e a borra de café, por exemplo. Neste momento, a água sanitária é mais acessível à população. Portanto, no intervalo em que não há nova visita do agente, a população pode ajudar. A água sanitária é a que compramos no supermercado e a população pode utilizar para cada tipo de criadouro que não for possível eliminar 2 ml do produto por litro de água, que equivale a uma colher de café”, afirma.
Se o depósito for de cinco litros, utilizam-se 10 ml de água sanitária e assim por diante, sendo que a colher de chá equivale a 5 ml e a de sopa, a 15 ml. “É importante destacar que a população não deverá colocar essa solução em água destinada ao consumo humano, nem ao consumo animal. Uma vez por semana é o prazo do poder residual do produto atuando nos recipientes. O ideal é marcar um dia fixo, como, por exemplo, toda segunda-feira a pessoa dá uma volta no quintal e na residência. É importante que a população tome esse hábito, mas sem se esquecer de eliminar qualquer objeto que retenha água parada”, completa o sanitarista. A medida garante que a solução continue efetiva no combate às larvas.