SAÚDE

Álcool e energéticos aliados ao calor colocam coração em risco

Carnaval é sinônimo de muita música, alegria e diversão, mas também marcado pelos abusos por parte da maioria dos foliões. Porém, como todo excesso pode resultar em doenças sérias

Thassiana Macedo
Publicado em 01/03/2014 às 00:46Atualizado em 19/12/2022 às 08:47
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Carnaval é sinônimo de muita música, alegria e diversão, mas também é marcado pelos abusos por parte da maioria dos foliões. Porém, como todo excesso pode resultar em doenças sérias, em ocasiões como esta, é comum o surgimento ou agravamento de alguns tipos de arritmias cardíacas, que podem estragar as recordações da festa. Entre os principais fatores de risco está a associação entre bebidas alcoólicas e energéticas.

O médico Adalberto Menezes Lorga Filho, conselheiro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) e membro do Centro Integrado de Medicina Invasiva, alerta sobre como evitar os efeitos negativos causados pelo exagero nesse período. “A primeira recomendação aos foliões é que não abusem. Faça uso com moderação, pois tanto o álcool quanto o energético são estimulantes importantes ao coração. O excesso desses estimulantes pode provocar problemas cardíacos em pessoas que já têm predisposição e nunca tiveram esses problemas como também piorar o quadro daqueles que apresentam alguma cardiopatia”, adverte.

Para quem é cardíaco, o médico orienta que a melhor maneira de prevenir o agravamento da doença é não ingerir bebidas alcoólicas e energéticos. “Durante a folia, é bom procurar fazer uma atividade física compatível com o seu condicionamento físico e sua característica cardíaca, pois o cardíaco não deve ficar cansado e exausto. Deve ficar sempre em local ventilado e se hidratar bem sempre. A recomendação para todos é não exagerar, tanto na atividade física, que consome muito oxigênio, quanto na ingestão de bebidas alcoólicas e de energéticos”, ressalta.

Lorga Filho explica que o principal problema é a combinação explosiva, comum em festas como o carnaval. “Esses estimulantes, tanto o álcool quanto a cafeína dos energéticos e outras substâncias, associados à situação do carnaval, evento de muita atividade física, transpiração e consequente desidratação, com a perda de sais importantes para o organismo humano, como o sódio e o potássio, predispõem à ocorrência ou aumenta o risco de arritmias. Consequentemente, favorece outras situações, como infarto e até mesmo morte súbita, em quem tem predisposição para esses males ou exagera excessivamente no consumo dessas bebidas, sem saber que está exposto a algum risco”, diz Lorga Filho.

A medicina trabalha inclusive com um quadro chamado de “Holiday Heart Syndrome” (Síndrome do Coração do Feriado), relativo ao desenvolvimento de fibrilação atrial relacionado a épocas de mudança de hábitos, ocorrendo geralmente após grande ingestão de álcool em um período muito curto, como no carnaval. “Afeta pessoas jovens que em uma festa tomam muito mais bebida alcoólica do que deveriam. No dia seguinte, ela apresenta uma arritmia decorrente do abuso da ingestão alcoólica e precisa ser tratada”, completa o especialista.

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