Estima-se que mais de 20 por cento da população que vive em países industrializados sofram de intolerância ou alergia alimentar que geram dor de cabeça
Segundo o Ministério da Saúde, 25 milhões de pessoas no Brasil sofrem de enxaquecas frequentes, problema que afeta 47% da população adulta mundial, conforme dados da Organização Mundial de Saúde. A Ciência hoje sabe que a frequência e a intensidade variam segundo cada indivíduo, mas pesquisas recentes revelam que alguns alimentos podem realmente desencadear crises. A sensibilidade a certos alimentos é mais comum do que se imagina. Estima-se que mais de 20% da população de países industrializados sofra de intolerância ou alergia alimentar, segundo a revista Deutsches Ärzteblatt International, da Associação Médica Alemã.
Segundo o neurocirurgião Roberto Alexandre Dezena, os sintomas típicos da cefaleia tensional são dores de cabeça, principalmente no final da tarde, após um dia de trabalho estressante, e quase sempre estão relacionados a algum tipo de tensão emocional. “Já a enxaqueca aparece em crises, sendo dores de caráter latejante, com náuseas e vômitos associados, havendo uma piora com o período menstrual, por exemplo”, afirma.
Quando crônica, o especialista explica que esse tipo de cefaleia geralmente requer tratamento amplo, “com a suspensão do uso abusivo de medicamentos, combinação racional de remédios para alívio e prevenção da dor de cabeça e, ainda, adoção de medidas não farmacológicas, como mudança no estilo de vida através da redução no consumo de cafeína e álcool, prática de atividades físicas e estabelecimento de horários regulares para sono e alimentação”. A melhor forma de cuidar da enxaqueca é evitar os fatores de gatilho, o que, no caso dos alimentos, não são os mesmos para todas as pessoas. Por isso, é necessário que cada um identifique o que agride o organismo e gera a dor. Entre os mais comuns estão café, chocolate ou leite e seus derivados.
Para esse tipo de dor de cabeça, Dezena afirma que está indicado, em casos selecionados, o uso do Botox, que é infiltrado em pontos cranianos específicos, obtendo-se melhora da dor por um mecanismo ainda desconhecido. Também é o caso da enxaqueca crônica, aquela que ocorre em crises de no mínimo 15 dias de dor de cabeça por mês, com duração de mais de quatro horas por dia, por mais de três meses.
No entanto, é imprescindível procurar um especialista, que fará o tratamento adequado para minimizar os danos ao paciente. O controle adequado da cefaleia pode evitar a longo prazo o surgimento de problemas como depressão, ansiedade e até doenças cardiovasculares. “É sempre importante buscar o auxílio de um especialista, pois a dor de cabeça pode ser sinal de uma doença mais grave, como, por exemplo, uma cefaleia decorrente de um tumor cerebral. Esta seria classificada como cefaleia secundária”, alerta Roberto Dezena.