Alimentos funcionais reduzem risco de doenças crônicas

Alimentos funcionais são alimentos ou ingredientes que, além de suas funções nutricionais básicas, produzem efeito metabólico e fisiológico. Esses alimentos se caracterizam por oferecer vários benefícios à saúde, além do valor nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar papel potencialmente benéfico no emagrecimento, mas especialmente na redução do risco de doenças crônicas e degenerativas.

Segundo a nutricionista Kézia Mendes Prata, as evidências científicas sobre a eficácia dos alimentos funcionais são crescentes, o que também traz segurança ao consumidor. “Estudos indicam que o betacaroteno, presente na abóbora e na cenoura, é bom para a visão e retarda o envelhecimento. O licopeno do tomate, quando aquecido, ajuda a prevenir o câncer, principalmente o de próstata. O ácido oleico do azeite combate o colesterol ruim. Já o ômega 3, encontrado em alguns peixes, na semente de chia e na semente de linhaça, protege o coração e é bom para melhorar a atividade cerebral e o sistema imunológico. A capsaicina, que confere ardor à pimenta, acelera o metabolismo, e a catequina, presente no chá verde, além de ter ação antioxidante, ajuda a emagrecer”, destaca.

Já bem conhecidos pela população está o suco de uva e o vinho, que são ricos em resveratrol, substância que previne doenças do coração. A nutricionista revela, porém, que tanto a uva com o vinho possuem alto teor de carboidratos, devendo ser ingeridos com cautela por diabéticos e por pessoas que querem emagrecer. “A avaliação dos efeitos dos alimentos funcionais é feita a partir do consumo regular dos mesmos, para que seus benefícios sejam alcançados. Esses alimentos irão funcionar de forma adequada somente quando consumidos em proporções corretas, dentro de uma dieta equilibrada e orientada por um profissional qualificado. Como exemplo, uma pessoa que esteja utilizando a aveia para o controle do colesterol e a perda de peso terá melhores resultados se a ingestão desta estiver associada a uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol”, alerta Kézia.

Outro exemplo de destaque para a especialista é a semente de chia, que, apesar da grande quantidade de ômega 3, proteínas e cálcio, possui alto teor calórico. “É importante salientar que não existe um alimento completo, oferecendo todos os nutrientes necessários ao organismo. Por isso é importante uma alimentação variada, com nutrientes de todos os grupos alimentares e a quantidade consumida proporcional à idade, sexo, nível de atividade física praticada e ao objetivo, seja manutenção, ganho ou perda de peso”, completa.