SAÚDE

Anvisa alerta sobre surto de superbactéria

A medida faz parte do Plano Nacional de Microagentes Multirresistentes e, apesar de estar em elaboração desde o início do ano, foi acelerado agora por conta da bactéria

Publicado em 14/10/2010 às 10:36Atualizado em 20/12/2022 às 03:46
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou determinação obrigando hospitais a informar às autoridades sanitárias sobre casos de infecções por bactérias. A medida faz parte do Plano Nacional de Microagentes Multirresistentes e, apesar de estar em elaboração desde o início do ano, foi acelerado agora por conta de um surto de bactéria resistente a antibióticos e que tem se espalhado pelo país, tendo casos confirmados pelo Laboratório de Pesquisa de Resistência Bacteriana, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em João Pessoa, Recife, Vitória, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Em Uberaba, a medida deu visibilidade ao caso da jovem D.A.S., de 16 anos, que veio a óbito no dia 13 de setembro. Ela deu entrada no Hospital e Maternidade São Domingos (HMSD), com quadro avançado de infecção bacteriana, ainda desconhecida. Segundo Gleice Souza Borges, mãe da jovem, que trabalhava no Probem, D.A.S. apresentou problemas estomacais em abril deste ano e foi levada à unidade de saúde no bairro Abadia, onde morava. Sem proceder com exames, apenas com questionário verbal, o médico diagnosticou gravidez e liberou a jovem, que continuou piorando. Após atacar estômago, intestino e fígado, a bactéria paralisou os rins de D.A.S., que precisou submeter-se a sessões de hemodiálise.

A jovem chegou a apresentar alguma melhora quando a equipe que a atendia no HMSD diagnosticou problemas no pulmão que impediam a respiração.

Além disso, de acordo com Gleice Souza, a jovem ainda sofreu da síndrome de Guillain-Barré, uma desordem na qual o sistema imunológico do corpo ataca parte do sistema nervoso e paralisa os músculos. D.A.S. perdeu todos os movimentos do corpo e chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu à bactéria e faleceu. “Não foi infecção hospitalar, pois ela já estava doente antes de ser levada ao hospital. O mais estranho é que ela trabalhava pelo Probem e um dia voltou da rua passando mal do estômago. Cheguei a pensar que minha filha pudesse ter comido algo que lhe fez mal, mas ela disse que não havia comido nada, e realmente não tinha esse costume. Só que aconteceu esse problema e até agora não sabem qual é a causa”, esclarece Gleice. Ainda segundo a dona-de-casa, os médicos coletaram materiais de D.A.S. para a realização de exames que identifiquem a bactéria, mas até o momento não obtiveram resposta.

Nem a Gerência Regional de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde foram informados sobre o caso. A reportagem entrou em contato com o Hospital São Domingos e até o fechamento desta edição a instituição ainda não havia se manifestado.

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