SAÚDE

ANVISA aprova a redução do limite de iodo adicionado no sal

Agência Nacional de Vigilância Sanitária já aprovou resolução que reduz os limites de iodo adicionado no sal de consumo humano

Publicado em 22/04/2013 às 11:36Atualizado em 19/12/2022 às 13:28
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Novas regras podem exigir a redução dos níveis de iodo no sal de cozinha usado pelos brasileiros

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou resolução que reduz os limites de iodo adicionado no sal de consumo humano. De acordo com a agência, há indícios de que o consumo excessivo da substância possa aumentar casos de hipotireoidismo e tireoidite de Hashimoto, doença autoimune cujos principais sintomas são fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso. A norma vigente fixa a faixa entre 20mg e 60mg de iodo para cada quilo de sal. Com a nova resolução, a faixa de adição de iodo no sal permitida fica entre 15mg e 45mg.

De acordo com o nefrologista Francisco Habermann, a medida anunciada pela Anvisa de reduzir a quantidade de iodo presente no sal realmente garante a diminuição do iodo na dieta alimentar da população e contribui na prevenção de doenças. “Essa medida, entretanto, ainda é polêmica, tendo em vista que, se reduzíssemos o consumo de sal de cozinha na nossa dieta diária, obteríamos praticamente os mesmos efeitos que a redução da adição de iodo no sal. De maneira que temos estimulado exatamente essa medida, ou seja, a redução do consumo de sal também pelas vantagens de evitar as doenças cardiovasculares e renais. Se reduzíssemos a ingestão de sal pela metade, caindo para 6 a 8g de sal por dia, ainda assim estaríamos acima da média recomendada pela Organização Mundial de Saúde, que é de 4g de sal por dia. Isso levaria a uma redução de iodo na dieta”, afirma.

O especialista explica que peixes e frutos do mar são alimentos ricos em iodo, sendo que se a população se alimentar adequadamente e de maneira equilibrada, supriríamos a necessidade básica de iodo. “Acontece que a adição do iodo ao sal de cozinha serve para prevenir a deficiência da oferta desses alimentos em várias áreas do país. Se nós adotássemos alimentos ricos em iodo e, ainda, a regra básica de comer a metade, andar o dobro e rir o triplo, estaríamos também reduzindo a ingestão exagerada do iodo”, ressalta o nefrologista.

De acordo com a Anvisa, o processo de iodação do sal é uma medida adotada em todo o mundo, com o objetivo de prevenir distúrbios por deficiência de iodo (DDI), que incluem retardo mental grave e irreversível e surdo-mudez em crianças, anomalias congênitas e bócio. (TM)

 

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