De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação(Sinan Net), fornecidos pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba, nos 27 municípios da Regional foram diagnosticados, em 2011, 89 casos de pacientes em que a Aids já se manifestou, e em 2012, até o dia 23 de novembro, 33 casos. Em Minas Gerais, até outubro de 2012, já são 33.167 casos de Aids notificados. Destes, 15% são casos em homossexuais, 8% casos em bissexuais e 51% em heterossexuais.
“Atualmente, 870 pacientes de HIV/AIDS, 245 de hepatite B e C e 1.500 de infectologia geral, que englobam outras DST, dengue, toxoplasmose, rubéola, varicela e infecções de extremidades, como erisipela e micose, encontram-se em acompanhamento no Serviço de Assistência Especializada (SAE) do CTA”, revela Maria Clara de Vasconcelos Afonso, gerente do CTA de Uberaba. Os números não contemplam aqueles que vivem com o vírus HIV, mas ainda não adoeceram, bem como as pessoas que não descobriram que são portadoras da doença. O HIV pode passar de 9 a 15 anos sem se manifestar no organismo.
Segundo a Referência Técnica em DST/Aids e Hepatites Virais da SRS Uberaba, Denise Maciel Carvalho, a situação epidemiológica da Aids é promissora, pois o coeficiente de mortalidade vem se reduzindo a cada ano, em todo o país. “Além disso, existe uma excelente adesão à terapia antirretroviral. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 70% dos pacientes apresentam carga viral indetectável após seis meses de tratamento, indicando que as pessoas que recebem a medicação do SUS estão vivendo cada vez mais. O que ainda preocupa é que cerca de 30% das pessoas infectadas pelo vírus HIV desconhecem sua situação e chegam, muitas vezes, aos serviços de saúde tardiamente”, esclarece.
Iraci Neto, superintendente regional, afirma que trabalhadores da saúde devem aproveitar a mobilização para incentivar a prevenção e sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce. “Esta mobilização passa, principalmente, pelo incentivo de parcerias com toda a sociedade envolvida direta ou indiretamente com a causa. O trabalho, que é integrado com a prevenção de outras doenças sexualmente transmissíveis, aprofunda a importância da ação e proporciona mais responsabilidade social, moral e de saúde à população”, frisa.