SAÚDE

As crianças estão preparadas para discutirem a sexualidade

Para o sexólogo, o termo sexo é, de acordo com essa visão, associado à obtenção de prazer via relação sexual e aos impedimentos morais, sociais e religiosos a essa prática

Thassiana Macedo
Publicado em 27/02/2010 às 07:53Atualizado em 17/12/2022 às 06:01
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Renato Menino garante que as crianças estão preparadas    O governo britânico abriu o debate sobre a implantação da educação sexual nas escolas para crianças a partir dos 7 anos. Segundo especialistas europeus, uma criança dessa idade já deve aprender na escola como são formados os óvulos e os espermatozóides. E ainda ter informações sobre questões mais complexas, como abuso sexual e emocional, além de violência doméstica. A partir de 2011, todas as escolas britânicas vão ser obrigadas a ministrar a disciplina. O objetivo da proposta é evitar o abuso sexual infantil e diminuir o índice de gravidez na adolescência. No entanto, a questão criou ainda mais dúvidas na cabeça dos pais. Nesta idade, uma criança já está preparada a aprender sobre esses assuntos? De acordo com o sexólogo Renato Rodrigues Menino, a resposta é sim. “Desde que ensinado por pessoas treinadas para isso. O incômodo que essa proposta provoca vem da noção de sexo como algo ‘impuro’ em confronto com a infância, como ‘pureza’, ou seja, antes da criança passar a ter noções de sexo”, destaca. Para o sexólogo, o termo “sexo” é, de acordo com essa visão, associado à obtenção de prazer via relação sexual e aos impedimentos morais, sociais e religiosos a essa prática. “Quando falamos de ‘sexualidade’, estamos enfocando sim a prática sexual, mas o termo engloba uma abrangência muito maior. Ela trata do contato entre seres humanos”, afirma. Mesmo quando falamos em prática sexual, pensamos de maneira estreita apenas no prazer sexual, mas ele lembra que devemos pensar também na questão da reprodução humana, que já é ensinada às crianças de 8 e 9 anos nas escolas.     Educação sexual é desenvolvimento, afirma sexólogo   Na natureza, macho e fêmea se atraem pelos hormônios, acasalam e a fêmea cuida dos filhotes. Nos seres humanos, o assunto é mais complexo. “Porque a sexualidade não é comandada pelos hormônios. Ela depende do envolvimento afetivo entre pessoas. Envolvimento que se inicia desde o primeiro dia de vida. Isso é sexualidade, a arte de se envolver afetivamente com as pessoas”, explica o psicólogo e sexólogo Renato Rodrigues Menino. Arte que é ensinada pelos pais e pela sociedade de maneira inconsciente, através de ensinamentos que passam por gerações. De acordo com o psicólogo, ao ensinarmos uma criança a gostar de si mesma, a cuidar do seu corpo, a respeitá-lo, estamos dando bem-estar e saúde a essa criança. “E mais, se ensinamos que ela deve respeitar também o corpo e os sentimentos dos outros a sua volta, estamos possibilitando a essa criança ter contato com as pessoas,0  de maneira segura. Isso é educação sexual”, completa Rodrigues. Desenvolvimento físico, afetivo e sexual forma um ser humano. Quando ele não ocorre em ambiente saudável, a criança fica comprometida em aspectos com autoestima, gravidez indesejada e DST, uso de drogas e etc. (TM)

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