SAÚDE

Associação detecta substância cancerígena em cinco cachaças

Metade das cachaças e aguardentes de dez marcas líderes testadas pela Associação de Consumidores Proteste foi...

Publicado em 02/02/2013 às 11:20Atualizado em 19/12/2022 às 14:55
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Metade das cachaças e aguardentes de dez marcas líderes testadas pela Associação de Consumidores Proteste foi eliminada da avaliação por conter substância nociva à saúde, acima dos níveis aceitáveis. O problema é que, segundo a entidade, o Ministério da Agricultura (Mapa) vem prorrogando o prazo para as empresas se adequarem às normas estabelecidas em 2005.

“Enquanto isso, agrava-se o risco à saúde”, reclama Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste, que pede vigência imediata da instrução normativa 13. Por si só, as bebidas alcoólicas já causam danos à saúde. Ano passado, o Brasil registrou dez mil casos de câncer associados ao uso de álcool. No Brasil, o valor aceitável estipulado é de até 150 microgramas por litro (µg/l), mas as cinco marcas apresentaram entre 165µg/l e 755µg/l de carbamato de etila, composto químico classificado como possível agente causador de câncer pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com os resultados das análises, a cachaça

7 Campos de Piracicaba  apresentava 755 microgramas do carbamato de etila por litro e a Pedra 90 - 548 µg/l.

A Ypioca Prata (298 µg/l); Pitú (255 µg/l) e Salinas

(165 µg/l). A Sagatiba foi a que apresentou o menor índice da substância: menos de 50 µg/l. Além desta, foram avaliadas e aprovadas as marcas São Francisco, Seleta, Pirassununga 51 e Velho Barreiro.

Na avaliação sobre a presença de aldeído, substância que contribui para intoxicações e sintomas de ressaca, só a cachaça Velho Barreiro ultrapassou o limite máximo, apresentando 41,55mg/100ml de álcool anidro, quando o permitido são 30mg/100ml a.a. Por isso, recebeu o conceito “Fraco”. Quanto à adição de sacarose, que disfarça imperfeições e deixa a bebida mais suave, somente a cachaça Pirassununga 51 recebeu o conceito “fraco”, por denominar-se adoçada e, ao mesmo tempo, não ter sido detectado nenhum teor de açúcar no produto.

As cachaças analisadas foram: Pirassununga 51, Sagatiba, São Francisco, Seleta, Salinas e 7 Campos de Piracicaba. Já as aguardentes de cana testadas foram: Pedra 90, Pitú, Ypioca e Velho Barreiro.

 

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