Até 2050 haverá uma ruptura de quadril a cada 72 segundos

Segundo o Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), portadores da doença têm risco maior de ter uma segunda fratura do que aquelas, por exemplo, que têm osteoporose e nunca tiveram uma fratura antes. O Ministério da Saúde já implementou a campanha há dois anos, por meio do Programa de Prevenção a Refraturas (PrevRefrat), considerado referência no mundo entre os serviços de excelência que adotam o parâmetro. O PrevRefrat servirá de modelo para os demais hospitais brasileiros.

Além de maior risco de ter as chamadas fraturas de repetição, pacientes que têm osteoporose apresentam mais taxas de internação e reinternação, gerando custo social, humano e financeiro. A pior das fraturas é a de fêmur, que exige cirurgia, internação e tem elevado taxa de mortalidade. Se houver intervenção em pacientes depois desse primeiro caso, consegue-se reduzir entre 50% e 60% a ocorrência de fratura de fêmur. No Brasil, a estimativa é que 10 milhões de pessoas tenham osteoporose hoje. A projeção para 2050 é que haverá uma fratura de quadril na América do Sul a cada 72 segundos, com base no crescimento da população e no aumento da longevidade. Por isso, é essencial criar alternativas para reduzir o número de fraturas.

Osteoporose significa osso poroso, ou seja, é a descalcificação progressiva dos ossos que se tornam frágeis. Por isso, a geriatra Adriana Machado destaca que fazem parte dos métodos de prevenção da doença, praticar exercícios físicos, evitar o tabagismo e os excessos de café e álcool. Ela alerta ainda sobre a necessidade de aumentar o consumo de cálcio e vitamina D, através da dieta ou com o uso de medicamentos, mas um médico deve avaliar a utilização conforme cada caso. “Existem várias formas de tratamento disponíveis e que são muito eficientes na prevenção das fraturas, mas o melhor tratamento, geralmente medicamentoso, é definido em conjunto entre paciente e médico”, completa.