Especialista reforça que mobilidade e qualidade de vida na terceira idade dependem do movimento, sempre com acompanhamento profissional
O geriatra Fábio Abdalla destaca que exercícios de força, aeróbicos e de flexibilidade ajudam a preservar autonomia e prevenir complicações na terceira idade. (Foto/Divulgação)
Mesmo para quem nunca se exercitou antes, começar uma atividade física na terceira idade traz benefícios importantes para a saúde e a qualidade de vida. A avaliação é do médico geriatra Fábio Abdalla, que destaca a importância do movimento para manter a mobilidade, prevenir complicações e melhorar a capacidade locomotora dos idosos. Segundo ele, o acompanhamento profissional é essencial para adaptar os exercícios de acordo com as condições de cada pessoa.
Em entrevista ao programa Pingo do J, o especialista explicou que os exercícios podem ser divididos em três grandes grupos: fortalecimento, como a musculação; aeróbicos, como caminhada, corrida ou bicicleta; e de flexibilidade, como yoga e pilates. Ele observa que essas modalidades se complementam, ma escolha do tipo de atividade depende da condição de cada idoso. “É importante a gente ter um pouco de cada segmento de exercício físico, sempre com adaptação, porque quando a gente fala em idosos, a gente está falando de pessoas muito heterogêneas, desde muito saudáveis e ativas até muito debilitadas, com problemas graves”, ressaltou.
Muitos idosos acreditam que já não é possível iniciar uma rotina de atividades após os 60 anos, mas o geriatra reforça que nunca é tarde para começar. Ao contrário, Abdalla salienta que a inatividade não é solução para dores comuns nessa fase da vida e que o ideal é manter o corpo em exercício. “Quando a gente tem dor, o ideal não é o repouso. Na verdade, o ideal é sempre o movimento. Claro que, com cuidado, fazendo da forma correta, com alongamento, um movimento de força bem equilibrado, bem distribuído, e com a intensidade certa”, esclareceu.
Além disso, segundo o médico, o acompanhamento de profissionais de educação física ou fisioterapia é fundamental para adaptar os exercícios e planejar uma rotina adequada, sempre respeitando os limites individuais. “Se a pessoa tem dor no peito, uma arritmia, por exemplo, uma angina, é importante fazer uma avaliação cardíaca prévia. Se tem um problema de coluna, também é necessário saber qual exercício está mais indicado. Mas, de forma geral, começando progressivamente com uma intensidade leve e aumentando aos poucos, isso é fundamental”, finalizou.
Vale lembrar que 1º de outubro foi o Dia Nacional do Idoso e também o Dia Internacional da Pessoa Idosa, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data convida à reflexão sobre os direitos e o bem-estar dessa população, reforçando a importância de políticas públicas que promovam o envelhecimento saudável. Nesse contexto, a prática regular de atividade física aparece como um dos caminhos mais eficazes para garantir qualidade de vida, autonomia e longevidade aos idosos.