SAÚDE

Atraso no índice de reajuste dos planos de saúde

Consumidores com contratos que completaram 12 meses em maio terão cobranças retroativas

Publicado em 02/06/2010 às 09:52Atualizado em 17/12/2022 às 06:22
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Por conta da demora da Agência Nacional de Saúde (ANS) na divulgação do novo índice de reajuste anual dos planos de saúde individuais contratados a partir de janeiro de 1999, os consumidores com contratos que completaram 12 meses em maio terão cobranças retroativas por pelo menos dois meses, a partir de julho. Segundo a Associação de Consumidores (ProTeste), isso comprometerá o orçamento familiar de muitas pessoas, já que são mais de 7 milhões de contratos sujeitos a esses reajustes. Todo ano o índice é anunciado pela ANS ainda em abril, mas desta vez foi adiado. A única informação é que deve ser inferior ao aplicado no ano passado (6,76%). Para o aumento dos preços, as operadoras devem levar em conta a data de aniversário do contrato. Como os boletos de junho já estão prontos, só em julho e agosto as empresas devem repassar os valores reajustados de forma retroativa. O que, de acordo com o especialista em Planos de Saúde, André Luiz Borges, é um valor que pesará mais no bolso do consumidor que mudar de faixa etária. “O reajuste de faixa etária é permitido por lei (Lei 9656/98), mas o que se deve observar em defesa do consumidor é justamente o reajuste entre faixas etárias. Em geral as operadoras dobram o valor em 100% e isso é abusivo”.   Quem mudar de faixa etária terá que arcar com dois reajustes, pois além do índice anual aprovado pela ANS, após o aniversário poderá passar para outra faixa prevista em contrato. Esse aumento extra é previsto na idade inicial de cada faixa e pode ocorrer tanto pela mudança da idade do titular como dos dependentes do plano. Segundo ele, para que o reajuste seja justo, é necessário analisar o mapa de custos do plano, resultado do pareamento de receita, ou seja, o que o plano permite, e as despesas. Se a pessoa usou pouco ou nada do plano, o reajuste dobrado não se justifica.   A Associação de Consumidores avalia que, como a lei proíbe igual repasse para idosos, as operadoras diluem os reajustes ao longo das faixas etárias, quase dobrando o valor de quem completa 60 anos. Além disso, os novos valores dos planos são anunciados no mesmo período em que começam a vigorar os cerca de 70 novos procedimentos médicos e odontológicos inclusos na cobertura mínima obrigatória oferecida pelas operadoras a todas as 42,9 milhões de pessoas com planos a partir de janeiro de 1999.

Por isso, o especialista cobra transparência dos planos de saúde em colocar preços de exames e procedimentos, para que o consumidor possa vigiar os custos do que ele está pagando e, assim, saber se o valor do reajuste é correto ou não.

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