Ministério da Saúde alerta para os perigos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que está entre as mais letais do mundo. Só no Brasil o número de vítimas fatais por AVC chega a quase 100 mil pessoas: passou de 84.713, em 2000, para 99.726, em 2010. Atualmente, a doença é responsável pela primeira causa de mortes registradas no país. Adotar hábitos de vida mais saudáveis e procurar os serviços de saúde regularmente previnem complicações e são capazes de reduzir a mortalidade pela doença. Atividade física, sob supervisão adequada, é benéfica para a saúde em geral e retarda o aparecimento de doenças importantes, como o AVC.
Levantamento revela que, apesar de ocupar o primeiro lugar no ranking geral de óbitos, a taxa de mortalidade por AVC na faixa etária até os 70 anos de idade, quando ainda são evitáveis, reduziu 33% entre 2000 e 2010. Nesta faixa, o índice caiu de 27 para 18 mortes a cada 100 mil habitantes, o que representa a redução média anual de 3%. Em 2010, foram registrados 33.369 óbitos de pessoas com até
70 anos, por AVC.
No entanto, há ainda outro problema o diagnóstico errado a pacientes vítimas de AVC ainda na juventude. Segundo o neurologista Rodrigo Bazan, quando um indivíduo idoso, subitamente, sofre um déficit focal, a primeira suspeita é o derrame cerebral, ao contrário de quando isso acontece com um jovem. “Na verdade, falta treinamento das equipes de saúde, desde a enfermagem ao médico. Falta, inclusive no público leigo, educação populacional e conscientização para o reconhecimento dos sinais de alarme de AVC. A população não reconhece esses sinais e o mais comum é o contrário, o indivíduo estar sofrendo um AVC e a própria população não reconhecer isso como uma emergência médica”, explica.
Em 2011, foram realizadas 179.185 internações por AVC isquêmico e hemorrágico, que custaram quase R$ 198 milhões ao SUS. Para ampliar a assistência a vítimas de Acidente Vascular Cerebral, o Ministério da Saúde deve investir R$ 437 milhões no SUS até 2014. Deste total, R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares e os outros
R$ 96 milhões serão investidos na oferta do medicamento trombolítico alteplase.