SAÚDE

Bactérias resistentes à penicilina são tema de estudo em Uberaba

Certos fenótipos da bactéria Enterococus faecalis, encontrada no trato intestinal humano e outros mamíferos, podem sofrer mutações

Publicado em 27/07/2013 às 23:52Atualizado em 19/12/2022 às 11:50
Compartilhar

Certos fenótipos da bactéria Enterococus faecalis, encontrada no trato intestinal humano e de outros mamíferos, podem sofrer mutações na cadeia de aminoácidos que compõem seu DNA gerando resistência contra antibióticos betalactâmicos, ou seja, penicilina e seus derivados, úteis no tratamento de infecções bacterianas. Estudo conduzido pela pesquisadora Natália Conceição no Hospital de Clínicas da UFTM, utilizando amostras isoladas desses micro-organismos obtidas no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas entre 2006 e 2010, analisou os mecanismos presentes nessas bactérias possivelmente relacionados com a resistência à penicilina.

“Os betalactâmicos frustram a síntese da parede celular bacteriana. Devido a mutações, entretanto, podem surgir evoluções dessas bactérias, resistentes aos antibióticos. É importante estabelecer os fenótipos das amostras resistentes, para desenvolver testes eficazes na detecção dessas amostras e possibilitar o planejamento de medidas para prevenção contra os micro-organismos dotados desses polimorfismos”, explica Natália.

Desenvolvida com orientação da docente Adriana Gonçalves de Oliveira, a tese de doutorado em Ciências da Saúde analisou 17 amostras de DNA extraídas de Enterococus faecalis resistentes à penicilina, mas sensíveis ao antibiótico ampicilina, e 15 amostras sensíveis tanto à penicilina quanto à ampicilina. De acordo com a análise, como a resistência pode se acumular, com a transmissão das mutações ao longo da reprodução bacteriana, é necessário monitorar as bactérias portadoras da mutação que gera resistência aos antibióticos, de forma a evitar o surgimento de amostras com alto nível de resistência, o que representaria risco de dificuldades no tratamento de infecções causadas pela Enterococus faecalis.

Na cadeia de aminoácidos que forma o DNA analisado, a pesquisadora identificou que a substituição do ácido aspártico por ácido glutâmico em determinados pontos pode estar diretamente relacionado à resistência desenvolvida contra a penicilina.

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por