Dados do Ministério da Saúde revelam que as principais causas de mortes foram os riscos acidentais à respiração, como sufocação na cama, asfixia com alimentos e outros, seguidos pelos afogamentos e exposição à fumaça, ao fogo e às chamas. Embora o Brasil tenha registrado a redução de 31% no número de óbitos e de internações de crianças de até
10 anos de idade por acidentes domésticos na última década, é fundamental que a comunidade continue mantendo os cuidados preventivos. Especialmente durante as férias escolares, período em que crianças ficam mais tempo em casa e expostas aos mais variados tipos de acidentes.
Para o subcomandante do 8º Batalhão de Bombeiros Militar, em Uberaba, capitão Ricardo Marisguia, o período de férias é de criança brincar, mas ele alerta que a brincadeira deve ser marcada pela seriedade. “Dezembro e janeiro são meses de calor e é quando crianças gostam de nadar. Muitas casas têm piscina ou os pais enchem recipientes, como caixas d’água e bacias, para as crianças brincarem, mas é bom lembrar que nunca se pode desviar a atenção da criança. Isto porque, no momento de vacilo, pode ocorrer um acidente. Se os pais trabalham e vão deixar as crianças em casa, é bom que tenha sempre a supervisão de um responsável, seja um adolescente ou mesmo um adulto, mas nunca deixar a criança sozinha”, alerta.
Para bebês e crianças pequenas, até baldes, banheiras e vasos sanitários podem oferecer riscos de afogamentos. Por isso, um adulto deve sempre supervisionar crianças e adolescentes onde houver água, mesmo que saibam nadar ou que os locais sejam considerados rasos. “Nessa época de chuvas, é importante recolher as crianças da rua, pois estamos passando por uma série de alagamentos. Viu que começou a chover, chame as crianças e não as deixe brincar em áreas alagadas, porque, além do perigo da leishmaniose, transmitida pela urina do rato, há o risco de ela ser levada pela enxurrada e bater em algum obstáculo ou mesmo cair em buracos, como bueiro destampado, que é fatal”, destaca o subcomandante.
Outras sugestões passam por não deixar crianças perto de uma pessoa passando roupa, proteger tomadas elétricas com tampas apropriadas e não deixar facas e outros objetos cortantes ao alcance dos pequenos.