A toxina botulínica, popularmente conhecida pelo seu nome comercial no mercado de correções estéticas como...
A toxina botulínica, popularmente conhecida pelo seu nome comercial no mercado de correções estéticas como Botox, é a nova aposta no tratamento odontológico para a solução dos casos de sorriso gengival, tratamento do bruxismo e dores de cabeça de origem odontológica, dentre outros males. O Botox é reconhecido por suas propriedades rejuvenescedoras, já que atua sobre marcas de expressão e rugas, mas a ciência tem descoberto cada vez mais utilizações para a toxina, especialmente como uma realidade no arsenal clínico do cirurgião-dentista.
Segundo a cirurgiã-dentista Karime Saad, a toxina botulínica age através do relaxamento muscular que leva à melhora da função muscular, das dores derivadas destes distúrbios, das alterações biomecânicas, da função do segmento corporal gerando maior independência e melhora da qualidade de vida das pessoas. “O uso terapêutico da toxina vem sendo largamente estudado na Odontologia nos últimos anos e hoje representa uma grande quantidade de possibilidades de uso, desde correções de sorrisos gengivais, minimização de dores de cabeça tensionais, auxílio no tratamento de disfunções de ATM, assimetrias de sorriso, sialorreia, que é o excesso de produção salivar, bruxismo, entre outros
problemas”, esclarece.
A especialista ressalta que o uso da toxina é um método auxiliar com fins terapêuticos e resultado satisfatório em casos de pessoas que sentem dor na articulação perto do ouvido, ou que ouvem estalos provocando desconforto durante a mastigação. Karime Saad destaca que, na maioria das vezes, a utilização do Botox dispensa até mesmo o uso da placa de relaxamento para dormir. Outro importante uso terapêutico da toxina é contra o bruxismo, caracterizado pelo ranger dos dentes ou apertamento dental, decorrente do estresse. “A toxina tem uma importante ação para bloqueio desses hábitos excessivos. Ela age diminuindo a hiperatividade muscular, reduzindo a contração inconsciente que gera a dor”,
afirma a especialista.
A cirurgiã-dentista explica ainda que o sorriso gengival ocorre quando no momento do sorriso a pessoa mostra mais de 3 milímetros de gengiva. “Esta exposição excessiva da gengiva traz desconforto estético, mas a toxina controla quando o lábio sobe trazendo suavidade e delicadeza ao sorriso. A aplicação é rápida e simples, desde que feita por um profissional capacitado para o procedimento”, completa Karime Saad.