SAÚDE

Brasil é um dos países mais avançados no tratamento da hepatite C

Os pacientes brasileiros em estado mais grave recebem, nos 130 centros de atendimento existentes no país, quatro medicamentos

Thassiana Macedo
Publicado em 06/11/2013 às 14:00Atualizado em 19/12/2022 às 10:20
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O ideal é que todas as pessoas até 40 anos façam o teste

Em todo o mundo, cerca de 170 milhões de pessoas têm hepatite C. No Brasil, há de 2 a 3 milhões de casos. Muitos nem sabem que têm a doença, porque não houve o diagnóstico. Os pacientes brasileiros em estado mais grave recebem, nos 130 centros de atendimento existentes no país, quatro medicamentos no tratamento da hepatite. No entanto, além desses estão vindo outros que vão permitir a erradicação da hepatite C no Brasil, um dos países mais avançados em termos de saúde pública e acesso às medicações para a doença. Trata-se do tratamento pelo SUS com inibidores da enzima protease que será um dos temas do 64° Congresso da Associação Americana de Estudo das Doenças do Fígado, em Washington, nos EUA.

De acordo com o infectologista Alexandre Naime Barbosa, a hepatite C é transmitida de forma diferente, geralmente através do contato com sangue de um portador ou objetos contaminados. “Todas as pessoas que receberam doação de sangue antes de 1994 ou receberam injeção com agulhas não descartáveis, comuns no passado, que passaram por hemodiálise ou transplante de órgãos, usuários de drogas injetáveis que compartilharam seringas e agulhas pertencem ao grupo de risco da hepatite C e devem fazer o teste. Para hepatite C, existe um percentual de 40% de pessoas que não exibem fatores de risco muito claros. Por isso, essas pessoas também podem ter hepatite C”, afirma o especialista.

Pertencem a este grupo de menor risco, pessoas que compartilham ou já compartilharam alicates de unha ou aparelhos de barbear, que fizeram tatuagens e piercings em locais sem monitoramento da vigilância sanitária ou aquelas que se submeteram a grandes tratamentos dentários antes da década de 90.

Alexandre Barbosa alerta que o ideal é que todas as pessoas até 40 anos de idade fizessem o teste, porque, muitas vezes, a ida a um dentista no passado, o uso de materiais de cutelaria, manicure e pedicure podem ter sido fatores de transmissão. “É importante destacar que a solicitação de exames para a triagem das hepatites B e C, através da testagem, deve ser incluída no check-up anual das pessoas. Como muitas vezes os fatores de risco de aquisição desses vírus não são claros na sua vida, por exemplo, se a pessoa não fez uma transfusão de sangue ou não teve muitos parceiros sexuais, pode ser que ela tenha adquirido por esses meios mais comuns, como uso de alicates de unha ou tesouras em manicure, ou no dentista”, alerta o infectologista.

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