SAÚDE

Brasil será campeão em mortes por doenças cardíacas até 2040

Dados de relatório de 2011 do Ministério da Saúde apontam que, por ano, 344 mil brasileiros morrem vítimas de doenças cardiovasculares sem tratamento

Thassiana Macedo
Publicado em 15/02/2014 às 00:42Atualizado em 19/12/2022 às 09:00
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O Brasil é um dos países que assinaram o compromisso internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS) de diminuir o número de casos de mortes por infarto e por acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame, em 25% até 2025. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), para atingir a meta é preciso conscientizar a população da gravidade dos problemas. Os dados de relatório de 2011 do Ministério da Saúde apontam que, por ano, 344 mil pessoas morrem de doenças cardiovasculares. Cerca de 20% são vítimas de morte súbita por conta de doenças não diagnosticadas e tratadas a tempo.

De acordo com o cardiologista Celso Salgado de Melo, a morte súbita é fator repentino, que não apresenta sinais de trauma ou violência. Pode afetar indivíduos de qualquer idade, homens ou mulheres. Atinge tanto pessoas aparentemente sadias como sedentários e atletas. “Ocorre principalmente nas primeiras horas do dia, em decorrência do estresse provocado pela transição do estado de sono para o de vigília”, revela.

O médico destaca que poucas vezes acomete indivíduos cujo coração apresenta estrutura normal. “As principais causas são os problemas cardiovasculares, principalmente após os 40 anos, como a obstrução das artérias do coração, que provoca o infarto; doença de Chagas, alterações do ritmo cardíaco, acidente vascular cerebral ou derrame, diabetes e hipertensão não tratadas e doenças congênitas”, afirma o cardiologista. Segundo ele, as arritmias cardíacas respondem por 90% dos casos, podendo ser por redução anormal da frequência cardíaca ou pelo aumento. Somente o diagnóstico precoce previne o problema.

A morte súbita, conforme Celso Salgado, está associada a alguns sinais e sintomas, tais como tonturas ou perda da consciência durante exercício, história familiar de morte súbita, dor no peito ou torácica, durante esforço ou não; falta de ar, palpitações e sensação de batedeira. “Em torno de 75% das vítimas de morte súbita apresentam doença isquêmica por arteriosclerose e obstruções das artérias do coração”, alerta.

Em alguns casos, quando diagnosticadas precocemente, as alterações podem ser tratadas com medicamentos, cauterização do foco de arritmia, cirurgia, implante de marcapasso ou cardiodesfibrilador artificial, aparelho que identifica quando o paciente está tendo uma arritmia ou parada cardíaca e libera um choque ressuscitador. “Uma medida efetiva para prevenir as mortes é a presença de desfibriladores em locais de grande concentração de pessoas, como estádios de futebol, aeroportos, grandes aeronaves, templos religiosos e centros de eventos”, completa o especialista.

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