Atualmente, o resultado dos exames leva semanas para ficar pronto. O kit foi desenvolvido na Universidade Federal do Paraná e chegará ao Sistema Único de Saúde (SUS) ...
Acordo assinado entre o Instituto Carlos Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Paraná, e a empresa de equipamentos médicos e hospitalares Lifemed permitirá que o Brasil passe a produzir e utilizar na rede pública um aparelho para teste rápido para diagnóstico de HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B em gestantes em apenas 30 minutos e usando apenas uma gota de sangue. No entanto, o equipamento tem potencial para diagnosticar 100 tipos diferentes de doenças. Atualmente, o resultado dos exames leva semanas para ficar pronto. O kit foi desenvolvido na Universidade Federal do Paraná e chegará ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente em 2014, mas o Ministério da Saúde prevê que, com o novo teste, será possível reduzir a taxa de prevalência das doenças entre grávidas a partir do diagnóstico rápido e precoce no pré-natal, uma das metas do Programa Rede Cegonha. Por ser portátil, o equipamento pode ser levado a áreas de difícil acesso, como periferias e zonas rurais, evitando assim a permanência de estatísticas como, por exemplo, 19 mil casos de sífilis congênita no país. Com essa nova tecnologia, será possível também melhorar a vida de portadores de HIV, por exemplo, que podem iniciar o tratamento mais cedo e com mais chances de adaptação. Hoje se busca conscientizar os portadores a buscarem mais qualidade de vida, a partir da prevenção e realização dos testes anti-HIV, sífilis, hepatites B e C fornecidos pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) até o tratamento correto e a manutenção da saúde do corpo como um todo. “O diagnóstico precoce agiliza o tratamento. No caso da Hepatite C, que tem cura, é possível cessar a contaminação, e no caso da HIV, que não tem cura, mas tem controle, com o tratamento aumentamos a sobrevida e diminuímos a transmissão, especialmente vertical, transmitida da mãe para o filho”, afirma o infectologista Fernando de Freitas. Para ele, se o governo investir prevenção, tanto através da educação quanto do diagnóstico precoce, é possível desacelerar as transmissões. Apesar de não ter cura, a Aids não é mais uma sentença de morte. “Com o advento da terapia retroviral, o coquetel, composto por no mínimo três medicamentos, a qualidade de vida dos pacientes mudou completamente. Com a expectativa de vida elevada, menos portadores desenvolvem hipertensão, diabetes, colesterol, depressão e doenças degenerativas, problemas que podem matá-los independente da presença do vírus HIV. O uso de preservativos, feminino ou masculino, ainda é a forma mais eficaz de prevenção, mas o tratamento precoce das doenças é uma maneira secundária. No CTA, o atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Outras informações pelo telefone 3321-8750.