A calvície ou alopecia androgenética é uma doença que acomete tanto homens quanto mulheres, embora seja mais comum entre eles. Como o próprio nome já diz, é uma doença genética
Pesadelo para a maior parte dos homens, mas principalmente para muitas mulheres, a queda de cabelo é uma queixa frequente nos consultórios dermatológicos. A calvície ou alopecia androgenética é uma doença que acomete tanto homens quanto mulheres, embora seja mais comum entre eles. Como o próprio nome já diz, é uma doença genética e se caracteriza pela sensibilidade aumentada de alguns fios ao hormônio masculino testosterona, fazendo com que fiquem progressivamente mais finos, até que parem de nascer.
Para acalmar aos mais preocupados, a dermatologista Giovanna Prata alerta que o cabelo sempre cai um pouco. “Considera-se normal a queda de até 100 fios por dia. A explicação é que o cabelo obedece a um ciclo, que engloba três fases. A anágena corresponde ao período em que o fio cresce. Cessada esta fase, o pelo entra numa fase conhecida por catágena, em que se desprende do folículo piloso para, finalmente, entrar na fase telógena ou de queda. No entanto, existe um revezamento natural entre os fios. Ou seja, há fios em diversas fases no couro cabeludo, o que faz com que diariamente ocorra queda de cabelos”, afirma.
A especialista explica, porém, que várias situações podem interferir no ciclo e fazer com que fios em crescimento também entrem em fase de queda. “Diante de situações em que o organismo se veja em necessidade de guardar energia, o ciclo pode ser encurtado e os fios em fase de crescimento entram em fase de queda. Entre os exemplos mais comuns em que isso acontece estão infecções, como a dengue, por exemplo; anemia, hipotireoidismo, dietas radicais e o próprio estresse emocional. Se o cabelo começar a cair além de 100 fios por dia, quantidade considerada normal, a orientação é que o paciente procure um especialista para fazer uma investigação. Sinal de alerta é a presença de fios no travesseiro pela manhã”, ressalta a dermatologista.
Giovanna Prata destaca que a calvície afeta algumas regiões do couro cabeludo que apresentam maior sensibilidade ao hormônio masculino. “A doença geralmente começa na puberdade e se caracteriza pela miniaturização dos fios, que vão ficando progressivamente mais finos até parar de nascer. Por ser uma doença genética, não tem cura. O tratamento tem por objetivo adiar a evolução da doença e, se seguido corretamente, conduz a resultados satisfatórios. Uma vez que o fio para de crescer, não tem solução, apenas o implante capilar é capaz de resolver o problema”, informa a especialista.
A dermatologista afirma, ainda, que os fios mais acometidos pelo transtorno são justamente os da frente, uma vez que os da região próxima à nuca quase sempre são poupados. “Nos homens, o quadro costuma ser mais intenso do que nas mulheres, mas é importante não cair em ciladas milagrosas, pois elas podem colocar sua saúde em risco, além de piorar o quadro. O ideal é consultar um médico dermatologista para devolver a saúde aos fios”, completa a médica.