Campanha da Anvisa vai esclarecer proibição de uso de emagrecedores

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou uma campanha especial para esclarecer a população sobre a retirada dos inibidores de apetite do mercado e a consequente proibição do uso e da venda de remédios para emagrecer no país.

A campanha será veiculada inicialmente em mais de 40 rádios pelo país. Os principais alvos são as capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Salvador, onde há maior público consumidor de inibidores de apetite, segundo estudo da Anvisa. Em fevereiro de 2012 a campanha será estendida aos canais nacionais de televisão, com mensagens que alertam a população sobre os riscos do uso indiscriminado dos inibidores e a maneira eficaz de emagrecer, ou seja, com alimentação balanceada e prática de exercício físico semanal.

De acordo com nota da Anvisa, em outubro o órgão “decidiu cancelar os registros dos medicamentos do tipo anfetamínicos (medicamentos à base de anfepramona, femproporex e mazindol), utilizados como inibidores de apetite. A decisão foi motivada pela reavaliação destes produtos, que demonstrou a ausência de dados positivos sobre sua eficácia e segurança. Na mesma ocasião, a Anvisa definiu regras mais rígidas para o medicamento Sibutramina, utilizado no tratamento da obesidade”. Desde o dia 9 deste mês, farmácias e drogarias do país estão proibidas de vender os remédios. A fabricação e prescrição médica continuam proibidas.

Já a sibutramina, usada também no tratamento de obesidade, continua liberada, mas com restrições. Vale lembrar que pacientes e médicos precisam assinar um termo de responsabilidade, que deve ser apresentado junto com a receita médica no momento da compra do medicamento. Os profissionais de saúde são obrigados a informar à Anvisa os eventuais  problemas em pacientes que usam o remédio.

Ainda segundo a agência reguladora, a sibutramina ajuda a perder, no mínimo, dois quilos de massa corporal em um período de quatro semanas. O tratamento é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. Além disso, o prazo máximo permitido para uso do medicamento é de dois anos. (TM)