Destinada a combater o preconceito na área de saúde e na sociedade, a campanha tem como um dos focos informar travestis sobre as formas de prevenção à Aids.
Peças publicitárias da campanha “Sou Travesti. Tenho o Direito de Ser Quem Eu Sou” – lançada ontem pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Direitos Humanos – esclarecem que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve adotar o nome social de travestis (como preferem ser chamados) nos prontuários médicos. O material também informa que as pessoas desse grupo têm que exigir o uso desse nome no serviço público de saúde. Destinada a combater o preconceito na área de saúde e na sociedade, a campanha tem como um dos focos informar travestis sobre as formas de prevenção à Aids. Para isso, foram criados folhetos e materiais eletrônicos diferenciados, como toques de celular, telas de descanso e vídeos. O material utiliza termos da linguagem usada por travestis, conhecida como bajubá. O termo mona, por exemplo, significa mulher. “Oi, mona! Tem camisinha na bolsa?” é uma das cinco mensagens para toque de celular que integram a campanha, idealizada por travestis. As peças publicitárias também mostram fotos, apresentam depoimentos, dão dicas sobre cuidados durante relações sexuais e orientam sobre a importância de se levar a documentação na bolsa, para casos de abordagem policial. O material da campanha está disponível no site www.aids.gov.br/travestis e será distribuído a organizações não governamentais que atuam na área. Demandas. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o sistema de saúde precisa estar preparado para atender às demandas das travestis. Segundo José Gomes Temporão, muitos travestis são expostos a constrangimento no serviço de saúde quando são chamadas por seu nome de registro, e não por seu nome social (nome feminino adotado).