Thassiana Macedo
Alexandre Sivieri alerta que a baixa ingestão de vitamina A e fibras aumenta a chance de câncer de ovário
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que houve cerca de 6.190 novos casos do câncer de ovário em 2012. Ainda conforme levantamento do órgão, em 2010, quase 3 mil mulheres morreram em decorrência da doença. Isso porque, embora pouco frequente, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico.
Segundo o Instituto Oncoguia, o câncer de ovário pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente as mulheres acima de 40 anos de idade. Atualmente, é a quarta causa de morte por câncer em mulheres, sendo o mais letal dos tumores ginecológicos. “Não existe comprovação científica de que a reposição possa aumentar o risco de câncer de ovário, mas por outro lado existe uma teoria de que o uso de anticoncepcionais poderia prevenir o aparecimento da doença, devido ao fato de que o ovário permanece em repouso relativo com o uso do medicamento. Quanto ao diagnóstico, não há sintomas nas fases iniciais da doença e, quando aparecem, geralmente as queixas são dor abdominal, aumento do volume abdominal em função do tumor no abdome, emagrecimento repentino, sintomas gastrointestinais, perturbações menstruais e sangramento genital na pós-menopausa”, explica o ginecologista e obstetra Alexandre Sivieri.
A mulher também deve ficar atenta a alguns sinais que podem indicar que algo está errado na saúde, como sensação de fadiga constante, gordura abdominal localizada, dor nas costas e dor durante a relação sexual. “Não existe relatos associando a presença de miomas à doença. Quanto ao ovário policístico, pode haver certa proteção, devido ao estado de anovulações, síndrome que provoca a falha na liberação do oócito. Além disso, existem relatos recentes que tentam associar o tratamento de infertilidade com o aumento da incidência do câncer de ovário, em particular quando houver hiperestimulação ovariana”, esclarece o médico.