A população brasileira está envelhecendo, e hoje, cerca de 21 milhões de pessoas no país têm, no mínimo, 60 anos. Com isso, os casos de doenças relacionadas à idade avançada tendem a aumentar. Uma delas é o câncer de próstata, que é o segundo tipo de tumor que mais acomete os homens na terceira idade, ficando atrás somente do câncer de pele não-melanoma.
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 60.180 homens brasileiros serão afetados pela doença em 2012. Como em toda doença, a prevenção é o melhor remédio, e, apesar da grande maioria dos pacientes serem idosos, os cuidados devem começar desde cedo.
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada na base da bexiga e responsável pela produção de parte do líquido seminal. Os tumores que afetam a próstata podem se desenvolver de duas formas: com evolução rápida, quando cresce rapidamente e se espalha pelo corpo podendo levar à morte; ou de forma lenta, na qual demora até 15 anos para atingir um centímetro e entre oito e dez anos para apresentar manifestações clínicas.
O tipo mais comum é o segundo, de evolução lenta. Com a falta de sintomas, muitos homens convivem com a doença sem saber que a tem, e acabam morrendo por outros fatores, sem nem mesmo ter conhecimento do tumor.
É justamente pela falta de sintomas que se recomenda que todos os homens a partir dos 40 anos se submetam ao exame de toque retal e PSA (antígeno específico da próstata). No exame de toque, o especialista examina a forma e consistência da glândula e é considerado um dos mais eficazes para detectar a doença. O segundo determina o nível de PSA no sangue, uma proteína produzida exclusivamente pela próstata que tem sua quantidade aumentada significativamente em casos de câncer.