SAÚDE

Cardiologista aconselha avaliação médica antes de atividade física

Estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas em Londres, e publicado na revista médica Lancet, revela que a...

Publicado em 26/07/2012 às 12:25Atualizado em 19/12/2022 às 18:19
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Estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas em Londres, e publicado na revista médica Lancet, revela que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo. Estima-se que um terço dos adultos não tem praticado atividades físicas suficientes, o que pode provocar 5,3 milhões de mortes por ano no mundo. A pesquisa descobriu que a inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon.

Segundo a equipe de 33 pesquisadores de centros de vários países e coordenada pelo professor Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, governos devem desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura. Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.

Para o cardiologista Fernando De Martino, o sedentarismo é apenas um dos vilões entre os fatores de risco, como tabagismo, obesidade, diabetes e hipertensão, para o surgimento de doenças cardiovasculares. Por isso, quem pretende começar atividade física deve fazer uma avaliação médica antes. “O motivo de fazermos uma avaliação antes das atividades físicas é que essas pessoas, tanto os tabagistas quanto aquelas que têm fatores de risco para doença do coração, podem já ter certo grau de envolvimento cardíaco. Quando elas dão início às atividades físicas há um esforço cardiovascular maior do organismo e se já existir o entupimento de uma artéria do coração ou algum dos fatores de risco associado é possível desenvolver alguma complicação. Para prevenir isso, as pessoas com fatores de risco acima dos 30 anos de idade devem fazer o check-up cardiológico antes de começar o exercício ou um trabalho que exige desempenho físico”, explica.

Ainda de acordo com a pesquisa, quem não faz atividade física tem maior risco de ter doença cardiovascular, doença coronariana, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, câncer de cólon, câncer de pulmão, câncer de mama e osteoporose. Neste sentido, De Martino observa que não é aconselhável que as pessoas iniciem uma rotina de exercícios, sem antes fazer o check-up composto por exames como aferição da pressão arterial e exames laboratoriais, como hemograma, colesterol, controle do peso e altura, além da conferência das funções dos rins e o teste ergométrico que dão condições de observar como a pessoa se comporta durante um exercício que leva de 10 a 15 minutos.

O médico Expedito Ribeiro, diretor de Hemodinâmica do Instituto do Coração (Incor), complementa dizendo que o melhor tratamento da doença coronária não é a cirurgia, não é a angioplastia, não é o remédio, é não ter os elementos que predispõem à doença. “Não desenvolver doença coronária passa por fazer exercício, controlar colesterol, controlar a diabetes, não fumar”, frisa.

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