Há quanto tempo você fez seu último check-up? Segundo especialistas, ele é bem-vindo em qualquer fase do ano, mas, para quem reclama falta de tempo para sair da rotina, é bom aproveitar as férias para procurar cuidar da saúde. E se a ideia é aproveitar o início do ano para recomeçar, que tal estar saudável? Entre os exames básicos estã hemograma, glicose, ureia, creatina, colesterol, ácido úrico, urina e fezes. No caso do coraçã exames de sangue, glicemia, triglicérides, eletrocardiograma e teste de esforço. “O objetivo, a princípio, é prevenir doenças, mas ele também tem a função primordial de identificá-las numa fase inicial, para que seja possível o processo de cura, a partir de um tratamento eficaz”, explica o cardiologista José Geraldo Gonçalves. Segundo ele, acima dos 40, é recomendável também o exame de sangue oculto nas fezes, para rastreamento de câncer no intestino e, em particular para os homens, o de próstata. “Se a pessoa vem de família com problemas cardíacos, por exemplo, ou se tem maior incidência de câncer, ela deve se prevenir especificamente. No caso da mulher, o cuidado é o mesmo em relação ao câncer de mama e de colo de útero”, alerta. O médico explica que é preciso buscar na família quais são as maiores incidências, “para saber o que é preciso ser pesquisado com mais critério. Com essa retrospectiva familiar e a realização de exames com mais seletividade, previne-se e se cura com mais eficácia”, completa. Em uma consulta básica, o foco é estabelecer o que está fora do controle, como a pressão arterial, peso, taxas sanguíneas, glicose e colesterol. E o indicado é que esta visita seja feita anualmente, a menos que, por recomendações médicas, tenha de ser realizada a cada seis meses. “Não existe um critério específico de idade. Se o paciente tem um parente de primeiro grau, ou seja, pai ou mãe, com doenças cardíacas (pai com menos de 50 anos e mãe com menos de 60), a recomendação é de que comece a fazer esse check-up mais cedo, entre 35 e 40 anos”, ressalta Gonçalves. No caso do check-up cardíaco, as mulheres precisam ficar mais atentas. “Nas últimas décadas, houve aumento na incidência de infarto entre mulheres. Isso porque elas passaram a fumar e beber mais, usam anticoncepcionais indiscriminadamente e, ao longo do tempo, passaram a se submeter mais ao estresse, por conta de cargos que vêm ocupando na sociedade”, explica. No verão, os cardíacos devem tomar cuidados extras. Abuso de bebida alcoólica, excessos na alimentação e viagens a lugares com pouco recurso médico podem trazer problemas.