O carnaval, período festivo mais aguardado do ano, é sempre marcado pela reunião de grande número de foliões pelas ruas e clubes da cidade. No entanto, essa aglomeração expõe foliões a incômodos relacionados à saúde e que podem ser evitados.
A conjuntivite, por exemplo, é uma das principais doenças que conduzirão foliões aos consultórios pelas próximas semanas. Especialistas destacam que, após a festa, o aumento é de cerca de 40% nos atendimentos em clínicas e unidades de saúde.
Transmitida por contato direto com pessoas contaminadas, a conjuntivite pode manifestar os primeiros sintomas em cerca de quatro a 15 dias após o contágio, com vermelhidão ocular, inchaço das pálpebras, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, com sensação de lágrima quente, ardor, coceira, íngua próximo à orelha, secreção purulenta e baixa de visão, dependendo do agente causador, mais de 20 tipos diferentes. Pode ser causada por bactérias, mas é a forma viral que tem característica epidêmica e não se cura rapidamente, demorando de dez a 15 dias.
Prevenção e cuidados. De acordo com o oftalmologista Joaquim Pereira Paes, a prevenção é simples, mas requer um cuidado especial: deve-se evitar passar as mãos nos olhos sem antes lavá-las após pegar em qualquer objeto. “Ao surgirem os primeiros sintomas, é fundamental procurar um médico e evitar o uso de colírios vendidos no balcão da farmácia”, alerta.
Ainda assim, caso alguém tenha sido acometido pela doença, é importante evitar compartilhar toalhas com outros. Recomenda-se realizar compressa de água fria no local ou pingar soro fisiológico gelado, tomar analgésico, se existir dor, e evitar o uso de lente de contato, descartando as lentes que estavam em uso para que não haja novo contágio. “Há colírio para cada tipo de agente causador e a orientação é procurar oftalmologista antes de comprar o remédio no balcão da farmácia”, frisa Paes. (TM)