As células-tronco têm se apresentado como alternativas eficientes para o tratamento de diversas doenças. Agora, estudo que vem sendo desenvolvido no Hospital Northwestern Memorial, nos Estados Unidos, evidencia que essas células podem ajudar a evitar a rejeição em cirurgias de transplante de rins.
A ideia dos médicos é que o uso de células-tronco, que são retiradas do próprio doador do rim, possa minimizar, ou até mesmo eliminar o uso de medicamentos imunossupressores – drogas utilizadas para evitar que o sistema imunológico veja o novo órgão como um invasor e comece a atacá-lo e que têm efeitos colaterais como hipertensão, doenças do coração, infecções, diabetes e câncer.
Os especialistas se dizem animados com a pesquisa, uma vez que poderão ter um impacto significativo no transplante de diversos órgãos no futuro. O estudo envolveu oito pacientes, dos quais cinco puderam deixar de usar os imunossupressores dentro de um ano após o transplante. Os doadores e receptores não eram parentes, ou seja, não eram “imunologicamente equivalentes”.
O processo consiste em usar as células-tronco para enganar o sistema imunológico de receptor para que ele pense que o novo órgão é parte do organismo. Dessa forma, o sistema imunológico para de combatê-lo como a um corpo estranho e diminui o uso de medicamentos imunossupressores. Isso abre a possibilidade de que, no futuro, a compatibilidade entre doador e receptor deixe de ser algo importante no caso dos transplantes.