SAÚDE

Cerca de 1 milhão de pessoas são portadoras de Alzheimer

Diagnóstico precoce da causa de esquecimentos, que pode ser Parkinson, AVC, doença da tireoide ou depressão, favorece o tratamento correto ou qualidade de vida em caso de Alzheimer

Thassiana Macedo
Publicado em 21/09/2013 às 00:10Atualizado em 19/12/2022 às 10:58
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Neste sábado, 21 de setembro, é lembrado o Dia Mundial do Alzheimer. A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem como objetivo promover a conscientização da população sobre a doença. A entidade estima que existam 35,6 milhões de portadores do Alzheimer no mundo. No Brasil, segundo a Associação Brasileira do Alzheimer (Abraz), aproximadamente 1,2 milhão de pessoas foram diagnosticadas com Alzheimer. Ainda segundo a OMS, se levarmos em conta o rápido aumento da população idosa, teremos potencialmente 115 milhões de pessoas com demência em todo o mundo nos próximos 40 anos.

O geriatra Galvani Salvador Agreli explica que o principal e primeiro sintoma do Alzheimer é o esquecimento, mas a doença pode apresentar outros sinais característicos. “A doença afeta ainda outras áreas das funções cerebrais. O indivíduo pode ter comprometimento de linguagem ou fala, da capacidade de raciocínio lógico e de tirar conclusões sobre determinadas situações. Há indivíduos que, além do esquecimento, começam a ter distúrbios de comportamento, como insônia, agitação, agressividade e desinibição, quando a pessoa de repente começa a falar palavrões que não era acostumada a dizer. A doença também pode comprometer a capacidade da pessoa de realizar cálculos, mesmo em pessoas que antes faziam contas com facilidade, com um contador, por exemplo”, esclarece.

Por isso, o especialista orienta que a primeira coisa a fazer é procurar um serviço de saúde para uma avaliação médica. “Essa avaliação vai possibilitar a realização de um diagnóstico porque nem todo esquecimento é Alzheimer. Existem outras causas, outras doenças que podem apresentar esses sintomas, como, por exemplo, o Parkinson, AVC, entre outras doenças degenerativas cerebrais e até mesmo problemas clínicos tratáveis. Então, a consulta é importante porque o médico fará uma pesquisa. Se forem afastadas as demais possibilidades, ele pode chegar à conclusão de que se trata da doença de Alzheimer”, destaca.

Para Agreli, é muito importante fazer o diagnóstico precoce do Alzheimer para esclarecer a causa. Se a causa da perda de memória for doença da tireoide, por exemplo, ou um estado depressivo, é possível tratar e resolver o problema. “Se for Alzheimer ou outra doença neurodegenerativa, hoje a Ciência já consegue afirmar que o uso precoce de alguns medicamentos pode diminuir a velocidade da progressão da doença. Se o indivíduo começa a esquecer entre 60 e 70 anos e tem diagnóstico de Alzheimer, sem tratamento, ele poderia esquecer o nome da esposa em cinco anos. Com tratamento, às vezes, isso só vai acontecer em 10 ou 15 anos. Não é um tratamento curativo, mas que tem um grande impacto na qualidade de vida desses indivíduos”, completa o geriatra.

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