Estudo do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard avaliou esses efeitos do consumo moderado de cerveja nos níveis de HDL
Um grande problema da saúde pública em todo o mundo são as doenças crônicas não transmissíveis. São aquelas que estão estritamente ligadas a fatores como idade, sexo, tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade. Além de prejudicar a saúde física, impactam negativamente na qualidade de vida das pessoas.
A palavra-chave para pessoas com esse perfil não consiste em proibir ou restringir quaisquer alimentos, mas sim em respeitar as necessidades e os estilos de vida com equilíbrio. A tão almejada alimentação saudável não precisa ser sinônimo de monotonia e pode englobar uma série de alimentos que muitos acreditavam não ser recomendáveis. Nesse contexto, até a apreciada cerveja tem o seu espaço. Estudos mostram que, se consumida de forma moderada, a bebida, de baixo teor alcoólico, pode trazer alguns benefícios à saúde, entre os quais promover um aumento na concentração de HDL no sangue, o conhecido “colesterol bom”.
Estudo do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard avaliou esses efeitos do consumo moderado de cerveja nos níveis de HDL colesterol. Os resultados mostraram que, após a ingestão diária, feita durante quatro semanas, de aproximadamente 30g de etanol (equivalente a duas latas de cerveja de 350 ml), houve aumento significativo na concentração plasmática de HDL.
O HDL ou lipoproteína de alta densidade transporta o excesso de colesterol das artérias de volta para o fígado, onde é novamente metabolizado, retardando ou inibindo a formação de placas. Índices elevados (≥60mg/dL) estão associados à menor incidência de doenças cardiovasculares.
Somado a esses resultados, pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona analisaram mais de 4 mil indivíduos, por meio de questionários e análises clínicas, com o objetivo de determinar a associação entre fatores de risco cardiovascular ao consumo e tipos de bebidas alcoólicas, mais notadamente o vinho e a cerveja. Os resultados confirmaram a relação da proteção cardiovascular com o consumo moderado dessas bebidas, decorrente de uma soma de efeitos positivos, sendo, segundo os autores, o aumento de HDL o mais importante deles.