A bebida ainda reduz a formação de cálculos renais, melhora glicemia, colesterol e triglicérides, além de ser promissor na prevenção e no tratamento da síndrome metabólica
O hibisco é uma planta vastamente conhecida por sua beleza, mas recentemente surgiram novas evidências científicas sobre o consumo dessa planta pelos faraós do Antigo Egito. Os faraós bebiam o chá de hibisco para manter a temperatura corpórea e, também, para ficar mais calmos. No Irã, o chá era consumido para aliviar o cansaço e os problemas com o sono. Outros usos tradicionais incluem o chá na manutenção da saúde cardíaca, como uma alternativa para melhorar a pressão arterial.
No entanto, segundo o nutrólogo paulista Wilson Rondó Júnior, há pouco tempo foram revelados os benefícios desse chá também para o metabolismo, agindo em especial na queima de gorduras. “Acredita-se que ele tenha uma ação mais importante que o chá preto e o verde. Para se ter uma ideia, um estudo em que pessoas diabéticas foram divididas em dois grupos, sendo que um bebia chá de hibisco e o outro, chá preto, duas vezes por dia durante um mês, mostrou que o grupo que bebeu o chá de hibisco teve melhoras significativas no perfil lipídico, mais do que os indivíduos do grupo do chá preto”, explica.
Neste sentido, o especialista destaca o que a Ciência comprova sobre o extrato de hibisco. “Ele tem ação termogênica e redutora de obesidade e gordura abdominal: Em fevereiro de 2014 foi publicada uma pesquisa mostrando que pessoas obesas com idade entre 18 e 65 anos e que consumiram extrato de hibisco por 12 semanas, tiveram resultados animadores, com a redução de peso, além da redução de ácidos graxos leves circulantes que estão associados com a obesidade e o diabetes descontrolado”, destaca Rondó Júnior.
Além disso, apresenta proteção hepática, oferecendo melhora desta função e reduzindo a esteatose do fígado, ou seja, a gordura. “Os pesquisadores acreditam que essa ação ocorre pela presença de polifenóis, muito útil no tratamento da gordura hepática, tanto a não alcoólica como a alcoólica. Fala-se ainda na proteção anticâncer pela presença de polifenóis, o extrato de hibisco em humanos induz a morte celular em células de carcinoma gástrico e em células de leucemia”, avalia o médico paulista.