SAÚDE

Cidade tem apenas 2 doadores para cada 100 mil habitantes

OPO pretende explorar potencial de outros hospitais de Uberaba para aumentar o índice de doações e de transplantes

Publicado em 16/06/2013 às 15:09Atualizado em 19/12/2022 às 12:27
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O coordenador da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) de Uberaba, Shigueo Iwamoto, alerta que somente o Hospital de Clínicas da UFTM faz captação. “Sozinho, o hospital já tem uma dificuldade na comunicação de potenciais doadores e da própria cultura médica, e isso talvez seja o ponto mais importante que a OPO vai tentar aprimorar, novos conhecimentos para facilitar o diagnóstico de morte encefálica, de tal forma que tenhamos mais chances de ampliar o número de potenciais doadores. Essa é a proposta da criação das Comissão Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos”, informa.

Para isso, haverá o cadastramento de hospitais e o treinamento de equipes médicas e de enfermagem para aumentar as notificações de óbitos e possíveis doações de órgãos. “O Hospital São Domingos é um grande potencial, assim como o Hospital Hélio Angotti. O Hospital São Marcos também tem recursos para isso, e logo o Hospital Universitário, a partir de setembro ou outubro, na nova sede que está sendo construída, bem como o Hospital Regional que terá uma grande UTI. Potencialmente, se prepararmos esse pessoal teremos grandes chances de aumentar o índice de doações e de transplantes”, ressalta o coordenador.

Segundo o relatório do MG Transplante, apenas seis doações de múltiplos órgãos foram realizadas ao longo de 2012 em Uberaba. Já o número registrado de doações de córneas é de 27. “Um índice extremamente baixo, já que temos potencial. Houve cerca de dois mil óbitos no ano passado e, teoricamente, se conseguíssemos umas 150 córneas, por exemplo, seria um número razoável, mas conseguimos apenas 27, porque não há comunicação”, alerta Shigueo Iwamoto.

Os principais objetivos da OPO de Uberaba são aumentar em 20% as notificações de potencial doador de múltiplos órgãos, aumentar em 10% as conclusões de protocolo por morte encefálica, por meio da mobilização dos hospitais, orientação e coordenação da busca ativa, da captação e transplante de órgãos e tecidos. “O importante é criar um ambiente propício para o médico, para que ele dê segurança para a família. Com um trabalho em conjunto com os profissionais da OPO, a família vai ser bem orientada e terá conhecimento suficiente da situação e terá segurança em dizer sim ou não para a doação”, completa.

O coordenador da Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, Thomson Marques Palma, afirma que em termos de doações de múltiplos órgãos por 100 mil habitantes, Belo Horizonte tem uma média de 5,6 doadores, Montes Claros 6,3 doadores, Patos de Minas cerca de 9,2 doadores, e Uberaba tem apenas 2 doadores por 100 mil habitantes. Para ele, foi isso que alertou a Secretaria de Estado de Saúde quanto a necessidade da implantação de programas de captação e doação de órgãos. (TM)

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