SAÚDE

Cigarro não fornece força para enfrentar a vida, diz psicóloga

O que leva uma pessoa a ficar presa à vontade de fumar é a dependência por uma das substâncias presentes no cigarro: nicotina

Thassiana Macedo
Publicado em 05/09/2013 às 00:48Atualizado em 19/12/2022 às 11:16
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Estudo feito pelo Ministério da Saúde, por meio da pesquisa Vigilância de Fatores de Riscos e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012), indica que a parcela da população brasileira acima dos 18 anos que fuma caiu 20% durante o ano passado.

O que leva uma pessoa a ficar presa à vontade de fumar é a dependência causada por uma das substâncias presentes no cigarr a nicotina. Mas ela está vinculada também à carga emocional e aos hábitos, segundo explica a psicóloga Ivone Charran, especialista na área de tabaco e outras Drogas. “Muitos fumantes associam os atos de ir ao banheiro, tomar um café ou de sentar ao computador ao hábito de fumar. E alguns, por achar que não conseguem lidar com as dificuldades da vida, com os sentimentos, acendem um cigarro, associando ao cigarro a força que obtêm. Então, é necessário retomar para si esta força”, recomenda a psicóloga, defendendo a conscientização dos hábitos que despertam o desejo.

Segundo ela, muitas pessoas têm medo de parar de fumar e engordar, mas esquecem que, com o tempo, o tabagismo pode levar ao desenvolvimento lesões na boca e ao câncer. Uma orientação para quem deseja parar, mas enfrenta dificuldades é andar sempre com um kit fissura, composto por porções de cravo, canela, uva-passa, semente de abóbora e casca de laranja seca. O uso das porções é alternativa que ajuda afastar o cigarro, porque deixam um gosto forte na boca, que não combina com o tabaco.

Outro grave problema é quando a grávida fuma um cigarro. Em apenas uma tragada, mais de quatro mil componentes tóxicos chegam até seus pulmões e são liberados para a corrente sanguínea. Segundo a ginecologista Paula Bartolai, o coração bombeia o sangue para todo o corpo da mãe, inclusive para o feto. E a placenta, por sua vez, não consegue impedir a passagem dessas substâncias. Todo esse processo impede a passagem de alguns nutrientes necessários para o desenvolvimento do feto e o resultado pode trazer uma série de problemas para a saúde da mãe e do filho.

A especialista acrescenta que a mulher grávida fumante tem 70% mais chances de ter um aborto espontâneo, de dar à luz antes da hora, de o bebê nascer com baixo peso e altura, com riscos de má formação e complicações cardíacas, ou até mesmo de ocorrerem mortes fetais e de recém-nascidos. Os riscos, entretanto, não decorrem somente do hábito de fumar da mãe. “Se a gestante é obrigada a conviver com fumantes ou em ambientes poluídos pela fumaça do cigarro, ela absorve as substâncias tóxicas que, pelo sangue, passam para o feto”, completa a ginecologista.

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