Ao contrário do que muitos pensam, existem diversos tipos de aneurismas, e não apenas o cerebral. Os aneurismas podem se localizar em qualquer artéria, levando a lesões em todos os órgãos. Por isso, especialista alerta para a importância do diagnóstico e do tratamento precoce, já que o sucesso cirúrgico dos pacientes não urgentes ocorre em 95% dos casos. Nos tratamentos de urgência, o percentual é de cerca de 50%. Ou seja, a prevenção diminui a chance de ocorrerem complicações, entre as quais a aterosclerose coronariana.
O médico cirurgião vascular Ricardo Soffiatti explica que, na área vascular, os aneurismas das artérias são os mais frequentes, sendo que os mais importantes são os localizados na aorta abdominal e nas artérias dos membros inferiores. Na Neurologia, os mais habituais são cerebrais comuns em mulheres jovens, enquanto o aneurisma nos membros inferiores e da aorta abdominal atinge quem tem mais de
50 anos. “Os aneurismas cerebrais têm um fator congênito importante e os da aorta e membros inferiores são muito relacionados ao tabagismo e à hipertensão arterial”, ressalta.
Soffiatti destaca que o paciente pode não apresentar sintomas e descobrir o aneurisma por acaso, ao fazer exames de prevenção ginecológicos ou urológicos, ou, ainda, durante exame no consultório. No caso da aorta abdominal, o especialista diz que apenas 15% dos aneurismas apresentam dor lombar, o que geralmente leva a pessoa a confundir com simples dor na coluna. Os principais grupos de risco para desenvolver o problema são pessoas com mais de 50 anos, fumantes, que tenham pais portadores de aneurisma, hipertensas e que sofrem de doenças do colágeno e infecciosas, como a sífilis, por exemplo.
“Os sintomas de um aneurisma incluem a sensação de que o coração está batendo no abdome ou profundamente nos membros, e a dor aparece quando o aneurisma cresce mais rapidamente, quando está inflamado, trombosado ou quando há ruptura”, afirma. Nos casos de ruptura ou de trombose do aneurisma, Soffiatti salienta que a dor é extremamente intensa, levando o paciente à hemorragia interna, choque hemorrágico e risco de óbito iminente, caso o paciente não seja socorrido imediatamente.
A prevenção, segundo o especialista, é a chamada profilaxia, ou seja, controlar os fatores de risco como hipertensão arterial e o tabagismo, por exemplo. Para aquelas pessoas que possuem parentes de primeiro grau, como pai e mãe, que já tiveram aneurisma, a recomendação do médico é procurar um especialista para a prevenção ou diagnóstico.