Estudo aponta que para pacientes diabéticos com artérias obstruídas a cirurgia para a colocação de pontes de safena, mamária e radial tende a ser uma opção melhor do que a angioplastia para implante de stent – tubo perfurado que facilita a circulação sanguínea local. Apesar de a angioplastia ser uma intervenção menos invasiva e agressiva, o acompanhamento de quase dois mil pacientes comprovou que a longo prazo a opção cirúrgica apresenta melhores resultados.
A investigação desenvolvida ao longo de cinco anos apontou que a mortalidade entre os pacientes submetidos a angioplastia alcançou 16%, sendo percentual maior do que a taxa de pacientes diabéticos que morreram após passar por cirurgia. Além disso, a morte por motivos cardíacos para os submetidos à angioplastia chegou a 11%, contra 7% para os operados. A necessidade de novas intervenções também foi menor para os submetidos à cirurgia: 5% contra 13% para os que receberam o stent.
O trabalho contou com a participação de 140 centros cardiológicos de todo o mundo, entre eles o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da USP.
A partir do estudo, os médicos terão mais elementos para recomendar a cirurgia no tratamento da obstrução de artérias em diabéticos. Em casos menos complexos, pacientes diabéticos deverão continuar a optar pelo stent medicamentoso, por ser um procedimento menos invasivo. Essa tem sido a tendência para o tratamento de obstrução de artérias em que o número de cirurgias diminuiu substancialmente nos últimos 15 anos. (TM)