SAÚDE

Cirurgia de contorno corporal é solução para ex-obesos

Com a redução brusca de peso, provocada pela cirurgia bariátrica ou pelo processo de reeducação alimentar, a maioria dos ex-obesos tende a enfrentar problemas de saúde

Thassiana Macedo
Publicado em 03/07/2013 às 23:44Atualizado em 19/12/2022 às 12:10
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No Brasil, o número de operações para redução de peso, acessível também pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cresceu 275% em sete anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o número de procedimentos para a redução de estômago, que leva à perda de peso, pulou de 16 mil, em 2003, para 60 mil, em 2010. No entanto, com a redução brusca de peso, a maioria desses pacientes tende a enfrentar outros problemas de saúde e de autoestima em razão do excesso de pele. Por isso, a cirurgia de contorno corporal vem se transformado em solução para ex-obesos.

De acordo com o cirurgião plástico Fabiano Paiva Martins, com esse crescimento criou-se uma grande demanda pela cirurgia de reparação de um problema conhecido como dermolipodistrofia, ou seja, o paciente perde peso, mas permanece com a flacidez de pele. O especialista explica que isso provoca a perda de contorno corporal, o que levou a cirurgia plástica a perder o conceito de reconstrutora para se dedicar à reparação estética e funcional. “Deixamos de nos preocupar apenas em retirar o excesso de pele ou de gordura que sobrou e passamos a fazer isso melhorando o contorno corporal do paciente. São dois objetivos associados em que nos preocupamos em reconstruir, retirando a pele que atrapalha a qualidade de vida e a mobilidade e que, muitas vezes, até predispõe a pessoa a doenças de pele, como as dermatites de dobra”, destaca.

Martins ressalta que não existe idade limite ou mínima para a realização da cirurgia plástica reparadora, mas são exigidas condições clínicas favoráveis para a sua realização. “Hoje vemos que a obesidade é um mal que atinge também adolescentes, então há pacientes jovens que já se submeteram à cirurgia bariátrica ou até mesmo a um processo de reeducação alimentar, com a consequente redução de peso, que se estiverem em condições clínicas adequadas já podem passar pela cirurgia reparadora. Já tive pacientes com 16 e 17 anos de idade”, frisa.

As partes do corpo que mais sofrem o impacto provocado pela rápida redução de gordura generalizada são mamas, braços, abdome, dorso, coxas e, em alguns casos, até o rosto. Por isso, o cirurgião alerta que essa cirurgia é realizada por etapas, ou seja, cada região por vez, associando dois ou mais partes do corpo. “Existem casos em que um abdome tem uma deformidade muito grande e tentar associar essa cirurgia à reparação das mamas, por exemplo, pode estender muito o tempo operatório e, consequentemente, as chances de complicações serão muito maiores. Portanto, isso requer de nós, cirurgiões plásticos, em parceria com o paciente, uma postura mais conservadora. Não se pode querer resolver tudo de uma vez, porque também não adianta termos um resultado estético excelente, mas isso coloca em risco a saúde ou a vida do paciente”, completa.

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