SAÚDE

Cirurgia no quadril devolve a mobilidade aos idosos

O envelhecimento da população brasileira e o crescimento das taxas de acidentes no trânsito contribuíram com o aumento do número de fraturas no quadril, na última década

Publicado em 16/09/2014 às 14:40Atualizado em 17/12/2022 às 03:40
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O envelhecimento da população brasileira e o crescimento das taxas de acidentes no trânsito contribuíram com o aumento do número de fraturas no quadril, na última década, tornando-se um problema de saúde pública, que captura uma parcela importante dos recursos gastos com saúde no país.  Estudos mostram que cerca de 20% das pessoas que sofrem fratura no quadril morrem até um ano após a lesão, em virtude de complicações.

Os idosos são os que mais sofrem com esse tipo de lesão, devido à diminuição na qualidade óssea, diminuição da força muscular, perda da coordenação motora, redução dos reflexos e problemas de visão. Segundo o ortopedista Pedro Teodoro, especialista do Centro Médico São José de Cerquilho (SP), esse problema também pode acontecer de forma espontânea, sem que se tenha histórico de trauma. “Nos pacientes idosos, temos um fator de risco importante: a osteoporose. Esse problema acomete a estrutura óssea do paciente, diminuindo sua concentração de cálcio e culminando numa menor resistência do osso. Nesses indivíduos é comum encontrarmos fraturas decorrentes de trauma de baixa energia, como queda da própria altura, ou mesmo fraturas que se desenvolvem espontaneamente, sem qualquer trauma causador”, explica.

Segundo o ortopedista, muitos pacientes e familiares têm medo da cirurgia quando esses pacientes são idosos, com maior risco cirúrgico associado. “Quando avaliamos os riscos versus os benefícios, a balança pesa a favor da cirurgia. Não é incomum a realização de procedimentos bem-sucedidos em pacientes com mais de 90 ou 100 anos de idade”, afirma.

De acordo com o médico, as técnicas cirúrgicas dividem-se entre a fixação da fratura, com implantes ortopédicos específicos, ou a substituição da articulação fraturada por uma prótese. “Nos pacientes jovens, indica-se a fixação da fratura. Já entre os idosos, pode-se lançar mão de ambas as técnicas, o que será definido, basicamente, pelo padrão da lesão, a idade do paciente e sua qualidade óssea”.

O tratamento cirúrgico deve ser indicado tão logo as condições clínicas do paciente permitam a realização do procedimento. A existência desse tipo de fratura está associada a algumas complicações, com eventos tromboembólicos, formação de escaras, pneumonia e infecção urinária, estados confusionais e necrose do osso fraturado. A realização do procedimento cirúrgico pode diminuir a ocorrência de tais eventos.

O tempo de recuperação é variável, mas, em linhas gerais, pode levar de 6 a 12 meses. Um estudo americano mostrou que, após um ano, 40% dos pacientes recuperaram a capacidade de andar prévia; 40% voltaram a andar, mas passaram a necessitar de uma bengala; 12% passaram a se locomover com dificuldade (com o auxílio de bengala ou andador), apenas em casa, e 8% não conseguiram restabelecer a capacidade de andar.

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