A temporada de chuvas, que fecha o verão e refresca as ondas de calor, também exige cuidados redobrados para evitar o aumento de incidências de determinadas infecções. Tosse, resfriado, gripe, infecção de olhos e de pele, infecções gastrintestinais, como a diarreia, são mais comuns no fim do verão, começo do outono e com a chegada das temperaturas mais úmidas. Nesta época, germes e fungos podem sobreviver e se propagar por mais tempo.
Além da alta umidade, a água pluvial que percorre telhados e pavimentos e até mesmo a água de esgoto pode se misturar com a água potável e de banho, causando a contaminação. Beber água não devidamente tratada ou usá-la para cozinhar alimentos ou até para lavar utensílios de cozinha são formas fáceis de adquirir enfermidades mais sérias, como paratifoide, febre tifoide, disenteria e cólera. Se estagnada, a água de chuva ainda atrai mosquitos e moscas, que acabam possibilitando a transmissão da malária e dengue. No chão, a água contaminada fica mais propensa a entrar em contato com diferentes partes do corpo e provocar irritações de pele; o contato com essa água acumulada durante as chuvas também pode expor ao contato com urina de rato, potencial transmissor de leptospirose.
Segundo o infectologista Artur Timerman, a simples lavagem das mãos com sabonete pode reduzir os índices em até 40%, como aponta a Unicef e a OMS. “Incentive seu filho a lavar bem as mãos, os pés e tomar banho, usando sabonete antibacteriano, depois que retornar de brincar na chuva, para remover a lama, a sujeira e os germes que podem causar as enfermidades. Use sapatos fechados durante os dias de chuva, para evitar as infecções por fúngos, não se esqueça de tratar ou ferver a água potável para consumi-la, lave com água tratada os alimentos, esteja atento para possíveis focos de água parada ao redor da casa, eliminando-os e mantenha a caixa d’água tampada”, completa o especialista.