A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 10% da população do planeta sofre de deficiência auditiva. Só no Brasil são 15 milhões de pessoas convivendo com o problema
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 10% da população do planeta sofre de deficiência auditiva. Só no Brasil são 15 milhões de pessoas convivendo com o problema. O ouvido é um órgão muito sensível de modo geral e uma estrutura relativamente “silenciosa”. Por isso, quando apresenta alterações auditivas, estas quase nunca são percebidas antes de sua gravidade já ser alta. É comum que elas sejam percebidas inicialmente por pessoas do próprio convívio de quem apresenta o problema.
De acordo com a fonoaudiologista Fabiana Guimarães, quem tem a audição afetada pela perda costuma apresentar alguns pequenos sinais, muitas vezes confundidos com desinteresse, estresse ou desatenção. Zumbidos, tonturas e alguns pequenos déficits de memória também podem estar associados a diversos graus de perda auditiva.
Para os casos em que o médico indica o aparelho auditivo, a fonoaudiologista esclarece alguns mitos e verdades sobre o processo de seleção e adaptação auditiva. “Ouvimos falar pouco sobre aparelhos auditivos e as informações dão conta que são grandes, feios e barulhentos. Os aparelhos auditivos evoluíram muito com a tecnologia e mesmo os modelos adaptados atrás da orelha medem hoje cerca de dois centímetros, são confortáveis e têm ajustes minuciosos para promover uma qualidade sonora impecável, proporcionando soluções eficazes para diversas questões antes insolúveis”, esclarece.
Fabiana destaca que, se a pessoa sente dificuldade para ouvir, o primeiro passo é sempre procurar um otorrinolaringologista, que pedirá exames adequados para fechar o diagnóstico. “Comprar aparelho sem prescrição médica pode levar a pessoa a adquirir algo inadequado e até prejudicial à saúde auditiva. Já o processo de adaptação de um aparelho auditivo deve ser feito por um fonoaudiólogo, especialista em Audiologia. Esse profissional avalia as características do paciente e, a partir daí, seleciona a tecnologia indicada, faz ajustes minuciosos no computador, seleciona o tipo de molde, que irá dentro da orelha, e, o mais importante, acompanha o paciente durante todo o processo de adaptação da prótese auditiva”, explica a especialista.
O paciente bem adaptado torna-se dependente da prótese auditiva e a assistência imediata e diferenciada é fundamental para um bom convívio com o aparelho. “Para adquirir o aparelho auditivo, a pessoa deve levar em consideração alguns aspectos fundamentais da empresa ou clínica, como o tempo de atividade da empresa, a tecnologia que ela oferece e o programa de atendimento, especialmente relacionado ao pós-venda. Afinal, a empresa vai acompanhar essa pessoa por toda a vida, com a prótese, por isso ela precisa confiar nessa empresa e nos seus profissionais”, completa a fonoaudiologista Fabiana Guimarães.