O apoio familiar e a compreensão das pessoas próximas e em geral em relação à deficiência auditiva do idoso, é muito importante, pois pode facilitar muito o processo de adaptação com os aparelhos auditivos necessários. Por este motivo, o fonoaudiólogo André Luis destaca algumas dicas que podem ajudar no processo de adaptação. “Fale devagar, articulando bem as palavras; procure falar de frente e não muito distante, pois o apoio visual facilita o entendimento. Durante as reuniões, é importante que o deficiente auditivo fale com uma pessoa por vez e se direcione a ela. Na primeira semana de adaptação, evite que o idoso use os aparelhos auditivos em lugares barulhentos”, destaca.
O especialista ressalta que a prótese auditiva não é um “ouvido biônico”, por isso requer um período de adaptação, que é variável de paciente para paciente. “Use um tom moderado de fala, evite gritos e conversas em tons muito altos. Crie momentos agradáveis de diálogo com o idoso. Anote as dúvidas e dificuldades do dia a dia. E procure acompanhar o idoso aos retornos médicos e fonoaudiológicos, pois as anotações ajudarão o fonoaudiólogo a realizar uma regulagem mais precisa do aparelho utilizado”, explica André Luis.
O fonoaudiólogo reforça que ouvir é um dos mais importantes sentidos do ser humano. “É por meio da audição que entramos em contato com todos os sons do ambiente, o que nos permite identificar cerca de 400 mil sons diferentes. Neste sentido, os idosos precisam se sentir úteis e para isso devem participar e tomar decisões, sempre desafiando os mitos que envolvem o envelhecimento. Dessa maneira, conseguem vislumbrar um futuro mais saudável, pois eles nada mais são do que jovens que já viveram muito”, completa.