SAÚDE

Comum entre as mulheres, otosclerose pode levar à surdez

Aumentar o volume da televisão, encontrar dificuldade para ouvir conversas ou começar a ouvir zumbidos são sintomas

Thassiana Macedo
Publicado em 05/03/2014 às 09:45Atualizado em 19/12/2022 às 08:45
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Aumentar o volume da televisão, encontrar dificuldade para ouvir conversas ou começar a ouvir zumbidos. Esses podem ser alguns dos primeiros sintomas de que tem algo de errado com os seus ouvidos. É estimado que cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de alguma perda auditiva, e uma das principais razões é o descaso com os primeiros indícios do problema. Dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia apontam que as pessoas demoram cerca de sete anos para procurar um especialista após perceber algum dano à audição e, ainda demoram mais dois anos para escolher um tratamento, o que pode levar à surdez precoce.

De acordo com a otorrinolaringologista Rita de Cássia Guimarães, entre as várias causas que podem acarretar a perda auditiva, uma das menos conhecidas é a otosclerose. “Essa é uma causa comum de surdez. A doença é hereditária, isso significa que se alguém na sua família já teve este problema, seus descendentes também estão propensos a tê-lo”, explica.

A doença faz com que ocorram alterações no estribo, osso localizado dentro do ouvido, ou até mesmo em algumas regiões da cóclea. Sendo mais comum em mulheres do que em homens, assim como mais rara em pessoas de pele negra, a otosclerose normalmente aparece na faixa etária entre 20 e 30 anos, e, quando atinge mulheres, se torna mais séria quando a portadora fica grávida. “Em 70% dos casos a otosclerose afeta um só ouvido, e, para algumas pessoas, ela pode vir acompanhada de zumbido. Esse mal faz com que a surdez seja progressiva, ou seja, piora com o tempo”, alerta.

A especialista ressalta que para os casos em que a doença afeta o estribo, uma cirurgia simples, que consiste na retirada do estribo e a implantação de uma prótese, pode ser a solução. “A operação pode ser feita em pacientes de qualquer idade e o risco de complicação é de menos de 1%. Porém, é preciso a indicação do médico e uma avaliação completa do histórico do paciente, assim como exames complementares”, afirma Rita. Ainda assim, existem pacientes que preferem usar o aparelho auditivo ou ser candidato ao implante coclear. (TM)

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