SAÚDE

Congresso de oftalmologia discute tratamento de glaucoma

A doença já atinge cerca de 2% dos brasileiros acima dos 40 anos de idade e está entre as doenças oculares mais frequentes no país

Thassiana Macedo
Publicado em 06/11/2014 às 18:42Atualizado em 17/12/2022 às 02:51
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Doenças de vários tipos costumam demonstrar sinais bem claros assim que contaminam o organismo. Por isso, ainda que sejam graves, podem ser tratadas antes de causar danos mais significativos. Por outro lado, algumas enfermidades se desenvolvem de maneira tão silenciosa que, quando manifestam algum sintoma, já causaram estragos irreversíveis. Um exemplo disso é o glaucoma, principal causa de cegueira no país. A doença já atinge cerca de 2% dos brasileiros acima dos 40 anos de idade e está entre as doenças oculares mais frequentes no país, com mais de 1 milhão de casos registrados.

De acordo com o oftalmologista Hélio Massa, o glaucoma é uma doença grave, que cega silenciosamente, caso o indivíduo não procure tratamento após o diagnóstico precoce. “Se a pessoa tem uma predisposição familiar de glaucoma, não é preciso e nem recomendável esperar sentir algum sintoma. Tem que procurar um diagnóstico através de consultas e análises, com avaliação do fundo de olho e do campo visual, bem como realizar exame da pressão ocular. Isto porque se a pessoa estiver enquadrada no grupo de risco para glaucoma, é possível que ela tenha uma vida normal e sem sequelas, caso trate a doença corretamente”, explica.

Massa alerta que o grande problema do glaucoma é que as pessoas não seguem as recomendações de prevenção. “A tendência das pessoas é somente procurar tratamento quando sente alguma coisa, o que é complicado, porque quando a doença chega a apresentar sinais, a pessoa vai ao consultório e constata que já perdeu a maior parte da visão. Nesses casos, é muito difícil restituir a normalidade”, esclarece o oftalmologista.

Este será um dos temas do 12º do Congresso da Sociedade de Oftalmologia do Triângulo Mineiro (Sotrim), que acontece a partir de hoje a 8 de novembro, no Romma Hall Center. “No caso do glaucoma, serão discutidas técnicas inovadoras de cirurgia, porque, quando a doença não responde ao tratamento clínico, a solução é cirúrgica, ou a pessoa caminha, invariavelmente, à cegueira. Vão ser discutidos, também, novos medicamentos que vêm sendo utilizados para tratar o glaucoma”, afirma o especialista.

Hélio Massa ressalta que os demais destaques deste ano são o que há de novo em tratamentos cirúrgicos e diagnóstico das doenças da retina; inovações na tecnologia para cirurgias de catarata; doenças oculares externas, como problemas ligados à córnea e à conjuntiva, e, ainda, novidades sobre cirurgias refrativas, destinadas à remoção de grau óptico. Os assuntos serão apresentados por profissionais vindos de todo o país e os maiores especialistas nestas áreas da oftalmologia e discutidos por mais de 300 oftalmologistas, que se inscreveram até mesmo de fora do país.

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