"Quer um filho mais inteligente, que estude mais e ganhe mais dinheiro? Amamente”. A frase é do médico pediatra cooperado da Unimed Uberaba, Dr. Luciano Borges Santiago, citando o resultado de pesquisa recente publicada na revista The Lancet, assinada pelo Dr. César Victora, da equipe e Pelotas (RS). De acordo com o estudo, quanto mais tempo um bebê é amamentado, melhores serão os testes de QI dele, mais tempo de estudo terá na vida adulta e mais dinheiro vai ganhar. “São incontáveis as vantagens nutricionais para o bebê”, assegura o Dr. Luciano.
Somente o leite materno é completo, tem todos os nutrientes que o bebê precisa, afirma, e na quantidade correta com a digestibilidade e aproveitamento adequados. O médico observa que todo leite materno é bom e os anticorpos dele funcionam no organismo do bebê para protegê-lo de infecções, pois ele só terá a própria defesa por volta de dois, três anos. “Até lá, a grande defesa dele vem do aleitamento materno.”
O bebê, nos primeiros seis meses de vida, deve ser amamentado de forma exclusiva. A orientação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria é: amamente até dois anos ou mais, sendo que até os seis meses, de forma exclusiva. Significa dizer não ser é necessário oferecer água, chá, sucos. O Dr. Luciano destaca que quem precisa se hidratar com água, chá ou suco é a mãe. “O bebê só precisa do peito.” Terminando o período de seis meses, pode entrar com alimentação saudável sem necessidade de outro leite, continua amamentando até dois anos ou mais.
Para a mãe também tem muitos benefícios como a proteção contra o câncer de mama, que, segundo o pediatra, ainda é uma doença que mata muitas mulheres em nível mundial. Quanto maior o período de amamentação, maior também é a proteção contra o câncer de mama, útero e ovário, além de afastar depressão pós-parto, anemia, diabetes, entre outras doenças. Durante a amamentação, o médico explica que há um gasto energético, por isso a mãe que amamenta volta ao peso de antes da gestação mais rapidamente.