Coleta de material para exame (Foto/Reprodução)
Emagrecer, começar academia, largar o cigarro e impulsionar a carreira profissional estão entre os itens mais recorrentes na lista de projetos para um novo ano. Mas, incluir nesta relação o check-up é fundamental. Para a prevenção de doenças como hipertensão e diabetes, doenças silenciosas, o check-up é fundamental. Além disso, a médio e longo prazo contribui para impactar de forma positiva a qualidade e a expectativa de vida.
Até algumas décadas atrás, era comum fazer exames apenas quando o organismo apresentava algum descompasso. Hoje esse conceito mudou e os exames são feitos periodicamente, para avaliar se a nossa máquina está trabalhando bem e, assim, prevenir eventuais problemas.
O biomédico Luciano Assis Trida, do Salk Laboratório Clínico, destaca os principais exames que compõem o check-up para que servem:
Hemograma: Verifica e avalia a quantidade, o volume e o funcionamento das células que compõem o sangue. Alteração neste exame pode indicar problemas como anemia, imunidade baixa e até câncer, como a Leucemia.
Glicemia: Mede o nível de glicose (açúcar) no sangue. Ajuda a diagnosticar o diabetes ou monitorar a saúde das pessoas que já foram diagnosticadas com a doença, fazendo o controle.
Colesterol e Triglicerídeos: São exames que medem as taxas de colesterol bom, colesterol ruim e triglicerídeos na corrente sanguínea. Níveis altos do colesterol ruim são indicadores de doenças cardíacas, promovendo o estreitamento dos vasos sanguíneos com a formação de placas nos vasos (aterosclerose), infarto e AVC (derrame). Já o Colesterol bom (HDL) é o combatente natural do colesterol ruim, por isso é importante mantê-lo em níveis mais elevados.
Uréia e Creatinina: Como os rins são os órgãos responsáveis pela filtragem do sangue do corpo, é importante mantê-los em níveis normais. Além de insuficiência renal, a alteração desses exames podem estar associada a hipertensão, diabetes, cálculo renal e infecção urinária.
TGO e TGP, chamadas também simplesmente de transaminases: São exames utilizados para avaliar as funções do fígado. Valores elevados indicam lesão das células hepáticas e podem traduzir algum tipo de hepatite, seja medicamentosa, isquêmica ou viral.
TSH e T4 Livre: Esses exames avaliam um órgão localizado no pescoço, a glândula tireoide; ela produz hormônio regulador importantíssimo para o nosso corpo e sua disfunção pode causar o hipotireoidismo ou hipertireoidismo.
EAS ou Urina Tipo 1: Exame realizado para verificar a função renal e detectar a presença de pus, glicose, sangue, proteínas, que podem indicar doenças renais ou infecções urinárias.
Urocultura: É um exame mais complexo, no qual é possível detectar infecções urinárias e as bactérias que a causam, permitindo ao médico não só diagnosticar o problema, como indicar o melhor tratamento para o paciente.
Parasitológico: É o exame usado para verificar a presença de parasitas, protozoários nas fezes.
Luciano ressalta, também, que existem as campanhas como “outubro rosa” e “novembro azul”, com o objetivo de lembrar e estimular a população a realizar vários exames, entre eles, o exame papanicolau (para mulheres) e PSA (para os homens), como forma de prevenir, respectivamente, o câncer do colo do útero e o câncer de próstata.
Esses exames, de acordo com Luciano Trida, devem ser feitos anualmente, tanto para homens quanto para mulheres. Mas, em alguns casos, como hipertensos, diabéticos ou pessoas com alterações no colesterol, a periodicidade deve ser menor, de modo a manter um bom controle dos índices do organismo e evitar o agravamento do quadro. “É importante dizer que pacientes com sintomas, dores e queixas devem sempre procurar ajuda médica. Recomenda-se uma consulta com os médicos das especialidades “Clínica Geral”, “Cardiologia”, “Ginecologia” — no caso das mulheres —, e “Urologia”, no caso dos homens, visto que, um check-up não possui um padrão pré-determinado. Eles podem variar conforme a necessidade do paciente, seu estilo de vida, funções desempenhadas e a intensidade da observação da sua saúde. Diz o ditado: “é melhor prevenir do que remediar”. Portanto, a palavra fundamental é: prevenção”, finaliza Luciano Trida.