SAÚDE

Conselho de Medicina condena uso de hormônios

A prática, conhecida como antienvelhecimento ou antiaging, envolve a oferta de hormônios a pacientes que têm...

Publicado em 16/08/2012 às 09:42Atualizado em 19/12/2022 às 17:54
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Um parecer divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) condenou o uso de hormônios para tentar atrasar o envelhecimento.

A prática, conhecida como antienvelhecimento ou "antiaging", envolve a oferta de hormônios a pacientes que têm níveis dessas substâncias normais para sua idade.

A ideia é que, junto com vitaminas e antioxidantes, a dose extra desses hormônios estimule o organismo a responder como fazia no passado - por exemplo, recompondo massa muscular perdida.

Entre os hormônios usados com esse fim estão o do crescimento, a melatonina e o cortisol. Em alguns casos, são oferecidos hormônios "bioidênticos", com estrutura igual ao do hormônio natural e que seriam menos danosos.

Para o conselho, não há comprovação de vantagens da prática, usada de forma crescente tanto por jovens adultos quanto por idosos. "Não temos evidências de que o uso desses hormônios em pacientes normais para modulação do envelhecimento tem base científica, mas temos o indicativo de que causam malefícios à saúde", afirmou Maria do Carmo Lencastre, da câmara técnica de geriatria do CFM.

"Os riscos vão desde efeitos colaterais simples até o desenvolvimento de doenças graves, como câncer", diz Carlos Vital, 1º vice-presidente do CFM. Para ele, a prática é "propaganda enganosa".

Nos próximos meses, o conselho deve aprovar resolução proibindo a prática hormonal do antienvelhecimento.

Contrário. Edson Luiz Peracchi, presidente da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, defende a administração criteriosa e progressiva de determinados hormônios e vitaminas e rejeita a ideia de "rejuvenescimento". "Sua avó não vai deixar de ter 90 anos, mas vai ter uma condição metabólica interna compatível com 80 anos, 75, 60. E o médico sabe o quanto ela suporta de estímulo”, pondera.

Peracchi diz que, nos próximos anos, as evidências científicas da prática farão o CFM rever sua posição. E lamenta que, até lá, os médicos que se dedicam a ela sejam vistos como "párias sociais”.

 

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