As pessoas estão optando, cada vez mais, por uma alimentação rica em proteínas, apostando em dietas em que o consumo de proteína está acima do ideal, o que causa danos à saúde
As pessoas estão optando, cada vez mais, por uma alimentação rica em proteínas. Elas têm apostado em dietas em que o consumo de proteína está acima do ideal, o que vem causando danos à saúde, desde o ganho de peso, passando pela sobrecarga renal e chegando à perda de minerais nos ossos, como consequência do excesso de acidez que é gerado.
De acordo com o médico nutrólogo Wilson Rondó Junior, é evidente que precisamos de proteína em nosso organismo, afinal, ela é fundamental para que consigamos os aminoácidos necessários para a geração de músculos, ossos e diversos hormônios. Mas, como o velho ditado diz, “tudo em excesso é prejudicial”, e a proteína não foge à regra.
“Conforme vamos envelhecendo, precisamos consumir quantidades suficientes (veja bem, eu disse suficientes), uma vez que há diminuição normal e natural da capacidade de aproveitarmos as proteínas ingeridas”, esclarece.
“Para a preservação da massa muscular magra, que é perdida com o envelhecimento, precisamos ingerir quantidades adequadas de proteínas, em especial a proteína animal, proveniente do consumo de carne de animais criados no pasto. Porém, o que temos visto é um aumento no consumo dessa proteína proveniente de animais criados em confinamento, onde a qualidade é bastante inferior, devido à sua composição nutricional e, também, pelo desequilíbrio dos ácidos graxos essenciais ômegas 3 e 6. Vale acrescentar que esse produto também é baseado numa alimentação com grãos transgênicos”, salienta o especialista.
Wilson Rondó reforça que, para quem quer mesmo manter a saúde em dia, deve consumir proteína de forma moderada, dentro dos padrões indicados, e dar preferência aos produtos de animais criados com pastagem natural.