Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, a cada ano, mais de 17 milhões de pessoas morrem em todo o mundo vítimas de doenças cardiovasculares
Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, a cada ano, mais de 17 milhões de pessoas morrem em todo o mundo vítimas de doenças cardiovasculares, sendo que 80% desses óbitos são registrados em países de baixa e média renda. Outra estimativa revela dados ainda mais alarmantes de que, em 2030, o total de mortes pode ultrapassar 23 milhões. Em 2008, os óbitos provocados por elas representaram 30% do total registrado globalmente.
Segundo o cardiologista Fernando De Martino, as doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade em adultos, sendo o infarto a de maior incidência. “O check-up anual é a principal dica para quem quer prevenir um infarto, pois, além de prevenir doenças, tem a função primordial de identificá-las na fase inicial, para que seja possível o processo de cura, a partir de um tratamento eficaz”, destaca.
Em muitos casos, a demora em buscar ajuda é tão grande que o paciente precisa passar por intervenções cirúrgicas, que poderiam ser evitadas. Com o envelhecimento, os problemas começam a ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes.
O médico destaca que exames de rotina e consultas precisam ser mais frequentes principalmente a partir dos 40 anos. Após essa idade, as doenças mais comuns depois dos problemas cardiovasculares são câncer de próstata, problemas nos rins e na bexiga, que podem levar ao câncer, alterações hormonais, cálculos renais e crescimento benigno da próstata.
“Para diminuir o risco de doença cardíaca, há outras recomendações, como parar de fumar, se alimentar corretamente e controlar doenças como hipertensão e diabetes. Exercitar-se pelo menos 30 minutos cinco dias por semana, reduzir o estresse, combater a obesidade e controlar o colesterol e os triglicerídeos aumentando a ingestão de frutas e verduras também são fundamentais. Quem, porventura, tiver antecedentes familiares para doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, deve redobrar a atenção”, alerta De Martino.
No entanto, também devem ser prioridades para os próximos anos aumentar a atenção às doenças cardiovasculares; melhorar o atendimento de pacientes vítimas de doenças do coração e derrames; promover dietas voltadas para o bem-estar do coração e atividades físicas para toda a população; melhorar a detecção e o controle da pressão alta e avançar na conquista de um mundo livre do tabaco.