SAÚDE

Coronavírus: ameaça de segunda onda e isolamento social podem agravar casos de síndrome do pânico

Especialista do Sistema Hapvida alerta para a importância do diagnóstico e tratamento adequados para manter o autocontrole diante das novas rotinas impostas pela pandemia

Publicado em 04/02/2021 às 16:14Atualizado em 19/12/2022 às 05:04
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Crises repentinas de ansiedade e medo aliadas a outros sintomas físicos, que podem passar desde simples náuseas até fortes dores no peito. Os sinais clássicos da síndrome do pânico não mudam, mas a recorrência nesse período pode aumentar. O alerta é de especialistas e está diretamente ligado ao agravamento da pandemia em algumas regiões do país, como também a demora para a chegada da vacina para imunizar todos os brasileiros.

Para o psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa (foto), a pandemia da Covid-19 interfere diretamente em quem já é diagnosticado com o distúrbio ou tem pré-disposição. "O fato de a Covid ser uma doença que não se consegue ver, já deixa o indivíduo mais ansioso e apreensivo. A partir disso, aqueles que são mais sensíveis começam a desencadear alguns sintomas com isolamento, comportamento vitimista, agonia e desespero pelo fato de saber que pode acontecer algo e não terão o controle de onde exatamente o problema está."

Para além dos sintomas apontados pelo especialista, é preciso ficar atento a outros quadros que podem indicar o início ou agravamento da doença, como palpitações, dores de cabeça, tonturas, alterações no sono e até a queda na produtividade das atividades diárias. "A partir do momento em que você não consegue mais colocar em prática suas atividades rotineiras, cria-se um adoecimento psíquico e a pessoa vai ficando cada vez mais desmotivada. Isso impacta diretamente no bem-estar", afirma o psicólogo, que alerta ainda para a falta de informação da população que condena o indivíduo pelo desconhecimento da doença. "Muitos não conhecem esse mal e acabam dizendo que é frescura, quando na verdade, é um desequilíbrio neuroquímico do sistema nervoso central", diz.

Ainda sobre o impacto da pandemia e o desencadeamento da síndrome, Carol esclarece que é preciso identificar o que é a realidade e a patologia. "Uma coisa é você dizer: não consigo sair para comprar pão. Outra é eu dizer: não gosto de sair para comprar pão. Há uma diferença do que é o meu limite. Para lidar com isso, é preciso começar a estabelecer metas e rotinas de pequeno e médio prazo. Por exemplo, hoje para comprar o pão, eu consigo ir apenas até aqui. Amanhã vou dar mais alguns passos."

Além do trabalho de autoconhecimento, é fundamental a ajuda especializada que indique melhor tratamento para cada caso. "Há os psicofármacos, tratamento medicamentoso alinhado à terapia, a fim de tratar principalmente a causa do problema. De forma geral, não é um tratamento rápido. Por isso, é necessário aliar algumas ações que incluem a realização de atividade física, proporcionando sensação de prazer, e outras ocupações que ajudem no crescimento pessoal, além de coisas mais simples, como ler um livro e assistir uma série. A intenção deve ser sempre fazer a higiene mental e se livrar de situações de estresse e maus hábitos", finaliza o especialista.

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 6,7 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 36 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 45 hospitais, 191 clínicas médicas, 46 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

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