SAÚDE

Coronavírus: Como falar com as crianças sobre o agravamento da pandemia?

Especialista dá dicas de como explicar aos pequenos os conceitos relacionados ao novo momento da doença no país

Publicado em 11/03/2021 às 17:27Atualizado em 18/12/2022 às 12:45
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Em um universo de brincadeiras e alegrias, um novo monstro persegue pequenos soldados. Aliás, um monstro nem tão novo assim, mas com novas armas e superpoderes. Entre eles, a de prender em casa todas as crianças que só podem sair em horários específicos e com uma armadura formada por máscaras e álcool em gel. A descrição anterior até poderia ser de um novo e divertido jogo entre amigos, se não trouxesse na essência a realidade.

Uma realidade, inclusive, que tem desafiado muitos pais, avós e professores, sobre como falar com as crianças desse novo momento da pandemia no país. Afinal, é necessário atualizar os pequenos com os novos conceitos da pandemia, como lockdown e toque de recolher, ou esconder o avanço da doença no país é mais indicado nesse momento?

Quem nos responde a pergunta é o psicólogo Carol Costa Júnior, do Sistema Hapvida/ RN Saúde, que com um sonoro não, reforça que esconder a realidade das crianças não é uma boa opção. “Obviamente que por se tratar de crianças nós não podemos esperar delas um entendimento por completo da atual situação. Até porque exige uma certa maturação para que ela entenda do que realmente se trata. O que deve ser feito é mostrar essa realidade, falando de uma maneira que não desperte pânico e pavor na criança, e, muito menos, a sensação de uma situação de perigo extremo. Afinal, nós podemos controlar e ela também precisa ter ciência desse controle”, diz ele.

O especialista destaca ainda que para os pais e professores adeptos de analogias lúdicas para falar sobre a doença, é preciso cuidado para não psicotizar a criança, desenvolvendo nela referências negativas com personagens que podem persegui-la para fazer o mal. “Nesse sentido, não é indicado tratar o coronavírus como sendo um bicho-papão, por exemplo. O que se deve fazer é explicar a ela que existe uma doença, que pode ser representada como um resfriado mais forte, e que precisamos tomar cuidado, seguindo as orientações sanitárias de distanciamento, isolamento e higiene. Falar para a criança que ela também está nessa luta é estruturante e aguça, inclusive, o senso de responsabilidade dela”, ressalta.

Sobre o crescimento nos números de casos confirmados da doença ao longo das últimas semanas e, consequentemente, a aplicação de medidas sanitárias ainda mais rigorosas em várias regiões do país, o psicólogo destaca a necessidade de continuar envolvendo as crianças no processo de entendimento, inclusive com referências próximas a realidade delas, como a nova suspensão das aulas presenciais em vários municípios brasileiros. “Apesar de às vezes nós acharmos que não, as crianças têm uma capacidade de resiliência muito maior do que o adulto, conseguindo adaptar-se melhor às contingências da vida. O fato de não ir à escola, mesmo que haja um impacto no desenvolvimento dela, não representa um grande prejuízo porque as crianças já têm um contato com a tecnologia muitas vezes maior que o nosso. Então, mais uma vez, temos que explicar que ela não está fisicamente na sala de aula, porque existe um forte resfriado que está acometendo muitas pessoas, mas que em breve, se tomarmos todas as medidas necessárias, ela estará novamente com os coleguinhas”, finaliza ele, ressaltando a importância de tratarmos o tema sempre com leveza, mas sem diminuir a importância dele.

Sobre o Sistema Hapvida. Com mais de 6,7 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 36 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 45 hospitais, 191 clínicas médicas, 46 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

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